Documentos apreendidos pela Polícia Federal listam possíveis repasses da Odebrecht para mais de 200 políticos de 24 partidos políticos. É o mais completo acervo do que pode ser a contabilidade paralela descoberta e revelada ontem, 22, pela força-tarefa da Operação Lava Jato.
As planilhas estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura, e conhecido no mundo empresarial como “BJ''. Foram apreendidas na 23ª fase da operação Lava Jato, batizada de “Acarajé”, realizada no dia 22/02/2016.
Como eram de uma operação de 1 mês atrás e só foram divulgados ontem, 22/03/2016, pela Polícia Federal, os documentos acabaram não sendo mencionados no noticiário sobre a Lava Jato.
No início da tarde desta 4ª feira (23.mar), o juiz Sérgio Moro determinou que esse material fosse colocado sob sigilo. A reportagem teve acesso às informações quando os dados ainda estavam públicos.
As planilhas são riquíssimas em detalhes –embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente considerados como prova de que houve dinheiro de caixa 2 da empreiteira para os citados. São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato.
Os documentos relacionam nomes da oposição e do governo: são mencionados, por exemplo, Aécio Neves (PSDB-MG), Romero Jucá (PMDB-RR), Humberto Costa (PT-PE) e Eduardo Campos (PSB), morto em 2014, entre vários outros.
A apuração é dos repórteres do André Shalders e Mateus Netzel. Eis exemplos de planilhas apreendidas:
Uma das tabelas de Benedicto Barbosa Jr, o BJ, da Odebrecht
Na planilha, Renan é “atleta''; Eduardo Paes, “nervosinho''; Sérgio Cabral, “próximus''.
A maior parte do material é formada por tabelas com menções a políticos e a partidos.
Várias dessas planilhas trazem nomes, cargos, partidos, valores recebidos e até apelidos atribuídos aos políticos.
Algumas tabelas parecem fazer menção a doações de campanha registradas no TSE. Há CNPJs e números de contas usadas pelos partidos em 2010, por exemplo.
Parte significativa da contabilidade se refere à campanha eleitoral de 2012, quando foram eleitos prefeitos e vereadores. As informações declaradas no SPCE (Sistema de Prestação de Contas Eleitorais, do TSE) desse ano não correspondem às dispostas nas tabelas. Na planilha acima, por exemplo, as siglas OTP e FOZ aparecem assinaladas ao lado de diversos candidatos, mas nem Odebrecht TransPort nem Odebrecht Ambiental (Foz do Brasil) realizaram doações registradas naquela eleição.
Em 2012, a Construtora Norberto Odebrecht doou R$ 25.490.000 para partidos e comitês de campanha e apenas R$50 mil para uma candidatura em particular –a de Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP).
Em 2014, a soma de doações da construtora foi de R$ 48.478.100, divididos entre candidaturas individuais e comitês dos partidos.
Em 2010, o total foi de R$ 5,9 milhões, apenas para partidos e comitês de campanha.
APELIDOS
Eis alguns apelidos atribuídos aos políticos nos documentos da Odebrecht, vários com conteúdo derrogatório:
- Jaques Wagner: Passivo
- Eduardo Cunha: Carangueijo
- Renan (Calheiros): Atleta
- José Sarney: Escritor
- Eduardo Paes: Nervosinho
- Humberto Costa: Drácula
- Lindbergh Farias: Lindinho
- Manuela D’Ávila: Avião
O material da Odebrecht é farto em nomes da oposição
COPA E LEBLON
A papelada que serve de base para este post foi apreendida por 4 equipes da PF em 2 endereços ligados a Benedicto Barbosa Jr. no Rio de Janeiro nos bairros do Leblon e de Copacabana.
Além das tabelas, há dezenas de bilhetes manuscritos, comprovantes bancários e textos impressos. Alguns dos bilhetes fazem menção a obras públicas, como a Linha 3 do Metrô do Rio.
Um dos textos refere-se, de forma cifrada, às regras internas de funcionamento do cartel de empreiteiras da Lava Jato. O grupo é chamado de “Sport Club Unidos Venceremos”.
O juiz federal Sérgio Moro liberou ontem, 22, o acesso ao material apreendido com outros alvos da Acarajé. São públicos os documentos apreendidos com Mônica Moura, mulher do publicitário João Santana, e com o doleiro Zwi Skornicki, entre outros.
ÍNTEGRA DOS DOCUMENTOS
Clique aqui para saber em qual documento e página cada político é mencionado. Depois, escolha o arquivo correspondente na lista abaixo:
OUTRO LADO
A Odebrecht foi procurada nesta quarta-feira, 23, e a assessoria da empreiteira enviou esta nota: “A empresa e seus integrantes têm prestado todo o auxílio às autoridades nas investigações em curso, colaborando com os esclarecimentos necessários''.
Todos os políticos citados, já procurados por causa de outras reportagens, negam ter recebido doações ilegais em suas campanhas. As respostas recebidas estão listadas abaixo.
Neves (senador, PSDB-MG): o presidente nacional do PSDB declarou que o dinheiro recebido está todo declarado.
Eduardo Cunha (presidente da Câmara, PMDB-RJ): “Não me recordo com quem conversava. Efetivamente, houve [doação]. Tinha reunião de várias pessoas do PMDB com representantes deles [Odebrecht] para pedir a doação”.
Jorge Samek (diretor-geral da Itaipu Binacional): “Causou-me profunda perplexidade e indignação ver meu nome na lista de possíveis beneficiados de doações eleitorais ou de qualquer valor proveniente da Odebrecht. Refuto veementemente a veracidade da menção ao meu nome. Tomarei, imediatamente, todas as medidas judiciais e extrajudiciais cabíveis para restabelecer a verdade dos fatos e responsabilizar aqueles que contribuíram para esse calunioso, difamatório e injurioso ataque ao meu nome.
Não fui candidato ao cargo de Prefeito de Foz do Iguaçu, o que, por si só, demonstra a mentira representada pela menção ao meu nome. Nunca tive qualquer contato e sequer conheço o Sr. Benedicto Barbosa da Silva Neto.
A Itaipu Binacional, por sua vez, não tem, pelo menos desde 2003, quando assumi o cargo de Diretor-Geral Brasileiro, qualquer relação comercial ou civil com a Odebrecht. Desde já, coloco-me à disposição das autoridades competentes, abrindo mão do meu direito constitucional ao sigilo fiscal e bancário para provar a minha idoneidade.
Esclareço que o último cargo eletivo que disputei foi o de Deputado Federal, em 2002, para o qual fui eleito, mas renunciei, no dia 21 de janeiro de 2003, para assumir o cargo de Diretor-Geral da Itaipu Binacional. Nesta eleição, também não recebi qualquer doação financeira da Odebrecht.
Paulo Garcia (prefeito de Goiânia, PT-GO ): “Na campanha eleitoral de 2012, quando fui candidato à reeleição, declarei todos os gastos e todas as arrecadações ao TRE conforme manda a legislação. No site do TSE é possível ver a lista de todos os doadores da minha campanha. Essa prestação de contas já foi devidamente aprovada. Afirmo com convicção que, nem na campanha eleitoral de 2012, e em nenhuma outra campanha que participei, recebi qualquer doação da empresa Odebrecht ou de suas subsidiárias. Na eleição de 2012, minha campanha recebeu a doação de R$ 3.562.500,00 do Diretório Nacional do PT, R$ 290.000,00 do Diretório Regional do PT e o restante conforme listado na prestação de contas do TSE. O Município de Goiânia, sob a minha administração, nunca teve nenhum serviço contratado junto a essa empresa. Reafirmo mais uma vez que todas as despesas de minha campanha foram as declaradas ao TRE. Não pratiquei na campanha de 2012 e em nenhuma outra quaisquer atos ilícitos.''
Rui Palmeira (prefeito de Maceió, PSDB-AL): “Em relação à postagem do blog do jornalista Fernando Rodrigues, de título “Documentos da Odebrecht listam mais de 200 políticos e valores recebidos” publicada no site UOL em 23 de março de 2016, a assessoria de Rui Palmeira, prefeito de Maceió, afirma que:
1) Todas as doações financeiras realizadas nas eleições de 2012 em prol da campanha do então candidato a prefeito Rui Palmeira são legais, foram declaradas aos tribunais eleitorais e aprovadas sem ressalvas por estas Cortes. Ademais, Rui Palmeira não é investigado em nenhuma apuração acerca de doação ilegal em campanhas e está inteiramente à disposição para prestar quaisquer esclarecimentos, se necessário;
2) A empresa Odebrecht não consta entre os doadores diretos da campanha de Rui Palmeira em 2012 e a lista completa de doadores da referida campanha pode ser consultada no site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na seção demonstrativa das Contas Eleitorais;
3) A mesma consulta ao site do TSE mostra que em Alagoas o Diretório Municipal de Maceió do PSDB recebeu doação de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) oriundos da Braskem S/A, empresa controlada pela Odebrecht. No total, o Diretório Municipal de Maceió do PSDB recebeu 1.659.000,00 (um milhão, seiscentos e cinquenta e nove mil reais) em doações, provenientes de diversas fontes doadoras, todas declaradas à Justiça Eleitoral. Esta consulta mostra também que o Diretório Municipal de Maceió do PSDB doou a campanha do então candidato a prefeito Rui Palmeira um total de R$ 718.066,00 (setecentos e dezoito mil e sessenta e seis reais). Igualmente, o Diretório Nacional do PSDB doou a esta mesma campanha eleitoral um total de R$ 2.455.000,00 (dois milhões, quatrocentos e cinquenta e cinco mil reais). Os recursos provenientes do Diretório Nacional do PSDB também têm origem de diversas fontes doadoras;
4) Vale reforçar que no mesmo post, o próprio jornalista Fernando Rodrigues informa que as “planilhas são riquíssimas em detalhes – embora os nomes dos políticos e os valores relacionados não devam ser automaticamente considerados como prova de que houve dinheiro de Caixa 2 da empreiteira para os citados (grifo nosso). São indícios que serão esclarecidos no curso das investigações da Lava Jato”.''
Vanessa Grazziotin (senadora, PC do B-AM): “Todos os recursos que recebi nas campanhas eleitorais que participei foram legais, registrados e todas as prestações de contas foram analisadas e aprovadas pela Justiça Eleitoral. Estranhei o aparecimento de meu nome numa lista que não sei como surgiu”.
Gilmar Sossella (deputado estadual, PDT-RS): “O deputado estadual Gilmar Sossella (PDT) esclarece que todos os recursos recebidos em campanha constam em sua prestação de contas que foi aprovada pela Justiça Eleitoral''.
Outras reações
Renan Calheiros (PMDB-AL, presidente do Senado), em coletiva de imprensa: “Mais uma vez, nunca cometi impropriedade. Essas citações, do ponto de vista da prova, não significam nada, absolutamente nada. Sempre me coloquei à disposição, sempre tomei iniciativa para pedir qualquer investigação que cobram. Acho que a diferença é exatamente essa, é ter as respostas'', disse.
Humberto Costa (PT-PE, líder do governo no Senado): Apelidado de "Drácula" nas planilhas, o líder do governo no Senado, Humberto Costa (PT-PE), negou ter recebido doações da empreiteira em 2012, campanha à qual ele acredita que a lista que veio a público nesta quarta-feira (23) se refere.
Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o petista destaca ter disputado a Prefeitura do Recife em 2012. "Como consta da prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral, não houve qualquer doação da Odebrecht à campanha de Humberto daquele ano".
O senador afirma que a contribuição pode ter sido feito ao PT Nacional, que repassou a sua campanha. "O que pode ter ocorrido –se efetivamente houve a doação– é que ela tenha sido feita diretamente ao PT Nacional, que repassou cerca de R$ 1,7 milhão para contribuir com a campanha do senador em 2012, conforme registrado na mesma prestação de contas".
Romero Jucá (PMDB-RR, senador), chamado de "Cacique", afirmou, também por meio da assessoria de imprensa, em nota: “A assessoria de imprensa do senador Romero Jucá informa que o TSE aprovou, sem ressalvas, todas as doações de campanha do parlamentar”.
Ana Amélia (PP-RS, senadora), em nota: “Esclareço que as doações oriundas da empresa Braskem, subsidiária desse grupo e com atuação conhecida no Rio Grande do Sul, foram feitas ao Diretório Nacional do Partido Progressista, o qual repassou para a minha conta de campanha no Senado, em 2010, parte desses recursos”.
Segundo a senadora, o PP repassou um total de R$ 95.569,98. Também conta ter recebido diretamente do diretório nacional R$ 99.888,63. "As doações estão devidamente registradas no Tribunal Regional Eleitoral com a prestação de contas aprovada, sem nenhuma ressalva, e constam no portal da transparência do Tribunal Superior Eleitoral", conclui a senadora.
Aloizio Mercadante (PT, ministro da educação), em nota que as doações registradas na planilha "relacionadas aos partidos da coligação do candidato ao governo do Estado de São Paulo, em 2010, são oficiais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral e estão disponíveis para consulta pública no portal do Tribunal Superior Eleitoral há seis anos".
Jaques Wagner (PT, chefe de gabinete da presidente da República), por meio de sua assessoria, afirmou que ele não vai se pronunciar sobre documentos que estão em sigilo, mas que "todas as doações que ele recebeu são legais".
Luiz Fernando Pezão (PMDB, governador do Estado do Rio), em nota: “As contribuições feitas às suas campanhas eleitorais ocorreram de acordo com a lei. Além disso, todas as contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral”.
Jorge Picciani (PMDB, deputado estadual e presidente da Assembleia do Rio), em nota: “Nas eleições municipais de 2012, ele não concorreu a nenhum cargo público. Na eleição de 2014, quando foi eleito deputado estadual, não constam doações da empreiteira ao candidato, nem de forma direta nem indireta, via partido”.
Picciani também repudiou o apelido recebido –na planilha, ele é chamado de “Grego”. “Picciani nunca foi chamado de grego. Até porque sua ascendência vem da Itália e da Síria – e não da Grécia”, diz um trecho.
Mendonça Filho (DEM-PE, deputado federal): O deputado federal Mendonça Filho (DEM), adversário de Costa na eleição municipal de 2012, afirmou que recebeu doação empresarial da Odebrecht de forma legal, repassada por meio das contas do Democratas, conforme prestação de contas feita à Justiça Eleitoral e disponível ao público. "É importante separar a doação empresarial legal, permitida então pela Lei Eleitoral, e contribuições ilegais derivadas de corrupção, as quais são investigadas pela Operação Lava-Jato", afirmou o democrata.
POLÍTICOS CITADOS PELA ODEBRECHT
Líderes nacionais
- Aécio Neves (PSDB)
- Senador e presidente do partido, concorreu à Presidência em 2014 e ao Senado em 2010
- CITAÇÕES: 2
- VALORES R$ 120 mil como "valor" e R$ 96 mil como "pagamento"
- O QUE DIZ Valor se refere a contribuição de campanha e está declarado no TSE
- José Serra (PSDB)
- Senador eleito em 2014; foi candidato à Prefeitura de SP em 2012
- CITAÇÕES: 4
- VALORES 3,2 milhões; 1,5 milhão; 1 milhão; 1 milhão
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Armando Monteiro (PTB)
- Ministro do Desenvolvimento
- CITAÇÃO: 1
- VALORES 200 mil
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Eduardo Cunha (PMDB)
- Deputado e presidente da Câmara; eleito em 2014
- CITAÇÕES 8
- VALORES de 500 mil a 3 milhões
- O QUE DIZ Negou que tenha recebido propina da empresa
- José Agripino (DEM)
- Senador eleito em 2010
- CITAÇÕES 2
- VALORES 200 mil; 100 mil
- O QUE DIZ Não foi localizado
- Jarbas Vasconcelos (PMDB)
- Deputado federal eleito em 2014 (mais recente)
- CITAÇÕES 4
- VALORES 100 mil (todas)
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Renan Calheiros (PMDB)
- Presidente do Senado eleito em 2010 (mais recente)
- CITAÇÕES 3
- VALORES 50 mil; 50 mil; sem valor
- O QUE DIZ Não recebeu doações ilegais da Odebrecht
- José Sarney (PMDB)
- Ex-senador
- CITAÇÕES 2
- VALORES 100 mil (todas)
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Romero Jucá (PMDB)
- Senador e vice-presidente do PMDB; participou da eleição de 2010
- CITAÇÕES 3
- VALORES 150 mil; 150 mil; sem valor
- O QUE DIZ TSE aprovou, sem ressalvas, todas as doações de suas campanhas
- Celso Russomano (PRB)
- Deputado federal eleito em 2014, concorreu à Prefeitura de SP em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 500 mil (todas)
- O QUE DIZ Doação recebida em 2012 é legal e está devidamente registrada
- Aloizio Mercadante (PT)
- Ministro da Educação, concorreu ao governo de SP em 2010
- CITAÇÕES 4
- VALORES 500 mil; 100 mil; 50 mil; 50 mil
- O QUE DIZ Doações registradas na planilha "relacionadas aos partidos da coligação do candidato ao governo do estado de São Paulo, em 2010, são oficiais, declaradas e aprovadas pela Justiça Eleitoral e estão disponíveis para consulta pública no portal do Tribunal Superior Eleitoral há seis anos"
- Jaques Wagner (PT)
- Chefe de gabinete da Presidência e ex-governador da BA
- CITAÇÕES 1
- VALORES 3 milhões
- O QUE DIZ Todas as doações que recebeu são legais
- Eduardo Campos (PSB)
- Morto em 2014, quando concorria à Presidência da República; foi governador de PE
- CITAÇÕES 1
- VALORES 300 mil
- O QUE DIZ Procurada, a família Campos não se manifestou
- Aldo Rebelo (PCdoB)
- Ministro da Defesa
- CITAÇÕES 1
- VALORES 500 mil
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Paulinho da Força (SD)
- Deputado federal eleito em 2014
- CITAÇÕES 5
- VALORES 500 mil; 500 mil; 500 mil; 200 mil; sem valor
- O QUE DIZ Citação na lista não representa "nenhuma irregularidade"
- Raul Jungmann (PPS)
- Deputado federal reeleito em 2014
- CITAÇÕES 6
- VALORES 100 mil (todas)
- O QUE DIZ Valor é doação para sua candidatura de vereador do Recife em 2012
Governadores
- Geraldo Alckmin (PSDB)
- Governador de SP, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
- CITAÇÕES 2
- VALORES 500 mil; 250 mil
- O QUE DIZ Lista não indica irregularidades e doações foram declaradas
- Luiz Fernando Pezão (PMDB)
- Governador do Rio, eleito em 2014
- CITAÇÕES 4
- VALORES 1 milhão (todas)
- O QUE DIZ Contribuições feitas às suas campanhas eleitorais ocorreram de acordo com a lei e aprovadas no TSE
- Raimundo Colombo (PSD)
- Governador de SC, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
- CITAÇÕES 5
- VALORES 3 milhões; 3 milhões; 1,5 milhão; 1,5 milhão; 300 mil
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Reinaldo Azambuja (PSDB)
- Governador de MS, eleito em 2014
- CITAÇÕES 3
- VALORES 350 mil; 150 mil; sem valor
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Marconi Perillo (PSDB)
- Governador de GO, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
- CITAÇÕES 2
- VALORES 600 mil; 200 mil
- O QUE DIZ O PSDB de Goiás diz que todas as doações para os candidatos em 2010 e 2014 "foram devidamente declaradas à Justiça eleitoral"
- Beto Richa (PSDB)
- Governador do PR, foi eleito em 2010 e reeleito em 2014
- CITAÇÕES 1
- VALORES 200 mil
- O QUE DIZ O partido diz que a doação de R$ 160 mil recebida em 2010 foi efetuada pela empresa Leyroz de Caxias Indústria Comercial & Logística Ltda., conforme consta na prestação de contas aprovada pela Justiça Eleitoral
Prefeitos de capitais
- Fernando Haddad (PT)
- Prefeito de SP eleito em 2012
- Citações 5
- VALORES 1 milhão; sem valor
- O QUE DIZ Desconhece qualquer doação da empreiteira e todos os doares foram citados em prestação de contas à Justiça
- José Fortunati (PDT)
- Prefeito de Porto Alegre reeleito em 2012
- Citações 6
- VALORES 500 mil; 500 mil; 300 mil; 300 mil; 300 mil; 200 mil
- O QUE DIZ Doações foram aprovadas pelo TRE-RS. "É lastimável que se continue realizando vazamentos seletivos das investigações, jogando lama para todos os lados"
- ACM Neto (DEM)
- Prefeito de Salvador eleito em 2012
- CITAÇÕES 1
- VALORES 2 milhões
- O QUE DIZ Diz que a Odebrecht repassou recursos para o DEM, e o partido transferiu para a campanha, "dentro do que determina a lei"
- Eduardo Paes (PMDB)
- Prefeito do Rio reeleito em 2012
- CITAÇÕES 14
- VALORES De 20 mil a 3 milhões
- O QUE DIZ Doações feitas diretamente a ele ou via diretórios municipal, estadual e nacional do partido ocorreram de forma oficial e legal e foram declaradas à Justiça Eleitoral
- Gustavo Fruet (PDT)
- Prefeito de Curitiba eleito em 2012
- CITAÇÕES 5
- VALORES 300 mil; 300 mil; 300 mil; 250 mil; sem valor
- O QUE DIZ "A empresa não tem nenhum contrato com a prefeitura nessa gestão"
- Marcio Lacerda (PSB)
- Prefeito de Belo Horizonte reeleito em 2012
- CITAÇÕES 3
- VALORES 3 milhões; 3 milhões; sem valor
- O QUE DIZ O PSB diz que as doações "obedeceram as normas da legislação eleitoral e estão declaradas na prestação de contas registrada no TRE"
- Arthur Virgílio (PSDB)
- Prefeito de Manaus eleito em 2012
- CITAÇÕES 3
- VALORES 500 mil; 100 mil; sem valor
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Rui Palmeira (PSDB)
- Prefeito de Maceió eleito em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 350 mil; 300 mil; 150 mil; sem valor
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Paulo Garcia (PT)
- Prefeito de Goiânia reeleito em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 100 mil; 100 mil; 100 mil; sem valor
- O QUE DIZ Não recebeu doações da Odebrecht e não manteve contratos com a empresa
- Geraldo Júlio (PSB)
- Prefeito de Recife eleito em 2012
- CITAÇÕES 2
- VALORES 3 milhões (todas)
- O QUE DIZ Doações obedeceram a legislação e prestação de contas foi aprovada pelo TRE-PE
- Firmino Filho (PSDB)
- Prefeito de Teresina eleito em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 500 mil; 350 mil; 150 mil
- O QUE DIZ Não foi localizado pela reportagem
- Luciano Rezende (PPS)
- Prefeito de Vitória eleito em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 100 mil (todas)
- O QUE DIZ O PPS nega a doação e diz que as contas foram aprovadas pelo TRE-ES
- Cesar Souza (PSD)
- Prefeito de Florianópolis eleito em 2012
- CITAÇÕES 3
- VALORES 100 mil (todas)
- O QUE DIZ Nega a doação e diz que "está à disposição para qualquer esclarecimento". Afirma que a divulgação do nome tem caráter político
- Luiz Marinho (PT)
- Prefeito de São Bernardo do Campo reeleito em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 1 milhão (todas - levantamento realizado até o fechamento da matéria)
- O QUE DIZ Não foi localizado
- Carlos Grana (PT)
- Prefeito de Santo André eleito em 2012
- CITAÇÕES 1 (levantamento realizado até o fechamento da matéria)
- VALORES 750 mil
- O QUE DIZ Não foi localizado
OUTROS
- Marcos Cláudio Lula (PT)
- Vereador em São Bernardo do Campo eleito em 2012
- CITAÇÕES 1 (levantamento realizado até o fechamento da matéria)
- VALORES 50 mil
- O QUE DIZ Não foi localizado
- Humberto Costa (PT)
- Senador eleito em 2010, concorreu à Prefeitura de Recife em 2012
- CITAÇÕES 5
- VALORES 500 mil; 300 mil; 300 mil; 300 mil; sem valor
- O QUE DIZ Não recebeu doações da empreiteira em 2012
- Sérgio Cabral (PMDB)
- Ex-governador do Rio
- CITAÇÕES 5
- VALORES 500 mil (todas)
- O QUE DIZ Contribuições eleitorais "foram de acordo com o que estabelece a lei"
- Ana Amélia Lemos (PP)
- Senadora eleita em 2010
- CITAÇÕES 1
- VALORES 200 mil
- O QUE DIZ Doações são legais
- Roseana Sarney (PMDB)
- Ex-governadora do Maranhão
- CITAÇÕES 1
- VALORES 700 mil
- O QUE DIZ Não foi localizada pela reportagem
- Nelson Pellegrino (PT)
- Deputado federal eleito em 2014 e candidato a prefeito de Salvador em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 1,5 milhão; 1,5 milhão; 1,5 milhão; sem valor
- O QUE DIZ Doações "aconteceram rigorosamente dentro dos parâmetros legais", aprovadas pelo TRE-BA
- JARBAS FILHO (PMDB)
- Candidato a vereador do Recife pelo PMDB em 2012
- CITAÇÕES 3
- VALORES 100 mil (todas)
- O QUE DIZ "Todas as doações que recebi em 2012 foram declaradas e aprovadas"
- Manuela D´Ávila (PCdoB)
- Deputada estadual no RS eleita em 2014, tentou a prefeitura de Poero Alegre em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 300 mil (todas)
- O QUE DIZ Não recebeu doações da empresa. "Estou tão surpresa e triste quanto todos e tenho muita pressa em esclarecer"
- Luciano Ducci (PSB)
- Deputado federal eleito em 2014 e candidato a prefeito de Curitiba em 2012
- CITAÇÕES 4
- VALORES 500 mil; 500 mil; 500 mil; 250 mil
- O QUE DIZ Todas as doações estão com origem declarada. A Prefeitura de Curitiba não mantinha contratos com a Odebrecht
- Ratinho Júnior (PSC)
- Secretário de Desenvolvimento Urbano do PR, eleito deputado estadual em 2014; foi candidato a prefeito de Curitiba em 2012.
- CITAÇÕES 6
- VALORES 250 mil (todas)
- O QUE DIZ Todas as doações foram declaradas e aprovadas pelo TRE-PR
- Jonas Donizetti (PSB)
- Prefeito de Campinas eleito em 2012
- CITAÇÕES 3
- VALORES 300 mil (todas)
- O QUE DIZ Nega as doações e diz e que suas contas foram aprovadas pela Justiça Eleitoral
- José Pavan Junior (PSB)
- Prefeito de Paulínia (SP)
- CITAÇÕES 2
- VALORES 100 mil (todas)
- O QUE DIZ Prestação de contas de campanha devidamente aprovada sem ressalvas no TRE-SP; doação da Braskem foi para ao partido
- Maria do Carmo Lara (PT)
- Candidata a prefeita de Betim (MG) em 2012 e a deputada federal em 2014
- CITAÇÕES 5
- VALORES 500 mil; 500 mil; 500 mil; 200 mil
- O QUE DIZ O PT diz que todas as doações recebidas estão declaradas na Justiça Eleitoral