Os momentos de estresse vividos durante o período pré-vestibular ou mesmo no dia-a-dia de trabalho podem ser literalmente refletidos na pele. Até pouco tempo atrás, faltavam provas científicas de que uma coisa estava vinculada à outra. Mas pesquisadores da Faculdade Livre de Berlim, na Alemanha, detectaram mais indícios de que o estresse e a acne, assim como outras condições da pele, estão relacionadas entre si.
O estudo, porém, não afirma se o estresse tem o poder de provocar acne por si só ou apenas agravar o problema nas pessoas que já têm tendência a ele. A dermatologista Denise Steiner, da Clínia Stöckli, em São Paulo, acredita na segunda hipótese. "As lesões da acne podem ser desencadeadas ou até pioradas pelo estresse, mas não aparecem única e exclusivamente em função dele", explica a médica.
Os estudos mostraram que as situações difíceis elevam os níveis de testosterona e androgênios. Hormônios masculinos que estimulam uma maior produção de oleosidade, criando condições favoráveis para a acne. Pior, uma vez instalada, a acne reduz a auto-estima deixando a pessoa ainda mais estressada. "Esse processo costuma ocorrer principalmente entre adolescentes, devido às várias mudanças hormonais, e nas pessoas mais sensíveis, ansiosas e deprimidas", afirma dra. Steiner.
O primeiro passo para quebrar esse ciclo vicioso é tentar diminuir o estresse. Praticar uma atividade física, fazer ioga e massagem, além de reservar horários na agenda para diversão são excelentes medidas. A dermatalogista também aconselha fazer um tratamento específico para a pele. "O equilíbrio é o melhor remédio", completa.
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