O governo Lula e a oposição ainda não chegaram a um consenso sobre a sucessão de Severino Cavalcanti, ex-presidente da Câmara dos Deputados. A liberação de R$ 500 milhões para emendas parlamentares foi uma das armas do governo para fortalecer a candidatura do ex-ministro Aldo Rebelo, informou o Jornal da Globo. O presidente Lula prefere manter silêncio e fortalecer a articulação política nos bastidores, segundo a reportagem do telejornal.
Para isso, três ministros filiados ao PMDB (Hélio Costa, das Comunicações, Saraiva Felipe, da Saúde, e Silas Rondeau, de Minas e Energia) foram chamados para garantir os votos da parcela do partido.
No entanto, esta não será uma missão fácil. A oposição promete jogar duro contra a candidatura de Rebelo. O adversário José Tomaz Nonô, do PFL, já recebeu apoio do PSDB.
Já o deputado Michel Temer (PMDB-SP) considera a escolha de Aldo Rebelo uma traição, de acordo com a reportagem.
"O José Dirceu indicou como testemunhada sua defesa exatamente Aldo Rebelo, então Aldo Rebelo além de ser o coordenador político do governo, ele é testemunha de defesa do Dirceu. Como pode ser juiz?", indaga o deputado José Carlos Aleluia, do PFL-BA, criticando a escolha do Planalto ao JG.
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