Três dos cinco bandidos presos por envolvimento no roubo de R$ 164,7 milhões do Banco Central de Fortaleza confessaram o crime e denunciaram a participação no crime de outros 18 comparsas. Eles identificaram como chefe da quadrilha o cearense Antônio Jussivan Alves dos Santos, conhecido como Alemão. O acusado já está sendo procurado pela polícia, informou o Jornal da Globo.
Os cinco bandidos foram presos na tarde de quarta-feira em uma casa no bairro Mondubim, na capital cearense, onde foram encontrados R$ 12,3 milhões dentro de um buraco cavado num dos três cômodos da residência, que está no nome de Edmar Bezerra. Eles revelaram que o crime foi planejado para acontecer durante um carnaval fora de época, para não chamar a atenção.
Os presos Antônio Edimar Bezerra (cearense), Marcos de França (paulista), Davi Silvan da Silva (mineiro) confessaram ter participado da escavação do túnel de 80 metros até o BC.
Eles revelaram ainda que a maior parte do dinheiro ficou com Alemão. A PF não soube informar quantia, segundo reportagem do jornal O Globo.
Os bandidos também revelaram detalhes sobre a ação. Os ladrões teriam se dividido em grupos para fugir com o dinheiro. Eles contaram que o túnel começou a ser cavado em junho e que a primeira data para o assalto seria durante o último final de semana de julho, quando aconteceu o carnaval fora e época de Fortaleza, o Fortal (micareta). Os bandidos pretendiam aproveitar o deslocamento de grande parte do policiamento para a festa de rua.
A PF indiciou os cinco presos. Quatro (os paulistas e os mineiros) por formação de quadrilha e falsificação de documentos, e o cearense por formação de quadrilha e porte ilegal de armas. Foram apreendidas numa casa, de Edmar Bezerra, em Boa Viagem, a 270 quilômetros de Fortaleza, uma pistola e um revólver, mais uma moto, uma F-250 e R$ 5,9 mil em notas de R$ 50.
Os donos da revenda Brilhe Car, que vendeu os 11 carros de luxo para parte da quadrilha, José Eliziomartes e Francisco Dermival Fernandes Vieira, respondem o processo em liberdade. Eles são acusados de lavagem de dinheiro. A Polícia Federal diz que vai continuar as investigações para elucidação do crime e prisão do restante da quadrilha.
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