Lula se solidariza com deputados petistas cassáveis

 

Politica - 08/10/2005 - 01:57:14

 

Lula se solidariza com deputados petistas cassáveis

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se solidarizou com os deputados do PT que são alvos de cassação. Lula se reuniu com a bancada petista da Câmara por mais de quatro horas nesta sexta-feira para debater, entre outros assuntos, a crise política. De olho nas eleições de 2006, Lula pediu que os parlamentares intensifiquem a ofensiva política e defendam as conquistas do governo."Se nós não nos apoderarmos das realizações do governo, a oposição o fará com o discurso de que a política econômica é a mesma, e não é", afirmou o presidente, segundo relato de Arlindo Chinaglia. Lula pediu ainda que os deputados comparem os resultados dos três anos de seu governo com os oito de Fernando Henrique Cardoso. Cassações Segundo o ministro das Relações Institucionais, Jaques Wagner, o presidente Lula respondeu que os parlamentares "cassáveis" podem ter errado, mas não são corruptos. "Ele (presidente Lula) falou que reconhecia a situação de dificuldade dos parlamentares. Como todos nós, ele os considera companheiros de longa jornada, agora, evidentemente, ele não foi no rumo da solidariedade que alguém pudesse interpretar como atitude de botar panos quentes, ao contrário, ele disse que o que piorou a crise é que no início se falava que não tinha nada, depois foram aparecendo coisas, gerando insegurança em todo mundo", afirmou o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP). Antes da reunião, os deputados petistas ameaçados de cassação disseram que não irão renunciar. São eles José Dirceu (SP), João Paulo Cunha (SP), Professor Luizinho, Paulo Rocha (PA), João Magno (MG), José Mentor (SP) e Josias Gomes (BA). À saída do encontro, o deputado Professor Luizinho (PT-SP) foi enfático ao negar que vá renunciar ao mandato. "Não devo nada, por isso não tenho motivo para renunciar." Jaques Wagner afirmou que o governo não vai pressionar os deputados sobre a renúncia. Segundo ele, esta é uma questão que cabe a cada deputado decidir. A Mesa Diretora da Câmara decide na próxima terça-feira se encaminha o processo de cassação de 16 parlamentares para o Conselho de Ética. Entre eles, os sete deputados do PT. O deputado Paulo Rocha (PT- SP) afirmou que não há discussão sobre renúncia para evitar a possível perda de mandato com a eventual abertura de processo por quebra de decoro parlamentar. O deputado José Janene (PP-PR) negou hoje a informação divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo que estaria com a renúncia pronta. O deputados petista José Mentor (SP) também não cogita a renúncia. Aproximação O saldo do encontro entre Lula e 66 deputados federais do Partido dos Trabalhadores foi uma maior abertura de diálogo pelo governo em relação à bancada do PT e mais empenho da bancada em prol dos projetos importantes para o governo. A reunião no Palácio do Planalto teve também a presença dos ministros da Articulação Política, Jaques Wagner; da Casa Civil, Dilma Rousseff; e da Fazenda, Antonio Palocci, além do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Atualmente, a bancada petista tem 83 deputados. Pedidos Na reunião, o presidente Lula pediu mais esforço da bancada aliada na aprovação de projetos como o que trata das microempresas e o que cria o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Os parlamentares, por sua vez, pediram que o governo ouça as sugestões da bancada com mais freqüência. Segundo o líder do PT, deputado Henrique Fontana (RS), houve queixas em relação às medidas provisórias. Algumas delas só chegam ao conhecimento dos deputados quando já estão na pauta de votações, argumentaram. Por essa razão, o governo deverá abrir canais de comunicação para evitar tais contratempos. Segundo a Agência Câmara, no que se refere à execução orçamentária, os petistas pediram a Lula prioridade para os projetos de recuperação de rodovias. De acordo com os deputados, trata-se de uma reivindicação unânime dos estados. PSB é o próximo A reunião, que foi solicitada pelo PT, deverá se tornar um hábito, ressaltaram alguns deputados. O próximo partido a ser recebido pelo presidente será o PSB, mas a data ainda não foi marcada.

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