PSDB pode antecipar saída de Azeredo da presidência

 

Politica - 25/10/2005 - 08:55:50

 

PSDB pode antecipar saída de Azeredo da presidência

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O senador Eduardo Azeredo está negociando, desde ontem, a sua saída da presidência nacional do PSDB, por conta das denúncias de caixa dois durante sua campanha para se reeleger governador de Minas Garais, em 1998. A situação do parlamentar tucano se agravou nos últimos dias, com a revelação de que o empresário Marcos Valério pagou, em setembro de 2002, uma dívida de Azeredo no valor de R$ 700 mil, que era executada por Cláudio Mourão, ex-tesoureiro da campanha de 1998. Aduardo Azeredo passou o dia de ontem em Belo Horizonte (MG), mas manteve contatos telefônicos com a cúpula tucana para tentar encontrar uma maneira tranqüila de deixar o comando nacional do partido. Hoje, quando retorna a Brasília, o senador deve intensificar a discussão a respeito do assunto. A saída de Azeredo do comando do PSDB já está prevista para o dia 18 de novembro, quando acontece a convenção nacional da sigla, mas deverá ser antecipada. Ele poderá ser substituído por José Serra, que deixou a presidência do PSDB antes de assumir a prefeitura de São Paulo. O senador Tasso Jereissati, que está escolhido para ser o novo presidente, a partir da convenção, é outra opção e pode antecipar a sua posse. Azeredo não apresenta resistência para deixar o posto e, segundo sua assessoria, considera natural que os tucanos sugiram a sua saída. Caso Serra seja o escolhido para passar a presidência do PSDB para Jereissati, o partido irá trabalhar com a idéia de que esse ato representa unidade na legenda, já que, no passado, os dois tiveram divergência. A avaliação no PSDB é de que, com o afastamento de Azeredo, as atenções em torno dele diminuirão. Além disso, os tucanos querem indicar que o problema de caixa dois no PSDB foi apenas um fato isolado e não uma prática comum no partido. Em depoimento à CPI dos Correios, na semana passada, Mourão admitiu que houve uma contabilidade paralela na campanha de Azeredo, em 1998, mas negou que o senador tivesse conhecimento do assunto. Convocação As CPIs do Mensalão e dos Correios estão praticando um jogo de empurra sobre a possibilidade de convocar o presidente tucano para esclarecer as denúncias de caixa dois, tudo para evitar um novo desgaste entre governo e oposição, os quais não demonstram interesse em aprofundar a crise política. O relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio (PMDB-PR), já rejeitou a convocação, enquanto a outra comissão parlamentar também não dá sinais de querer assumir essa tarefa. De acordo com o jornal O Globo, o próprio Palácio do Planalto está orientando os parlamentares petistas a não defenderem o depoimento de Azeredo às CPIs, ao menos até que a situação do tucano em seu partido seja definida.

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