Em acareação na CPI do Mensalão, o presidente do PL e ex-deputado, Valdemar Costa Neto, reafirmou nesta quinta-feira que pagou despesas assumidas durante o segundo turno da campanha presidencial com dinheiro vindo das empresas do empresário Marcos Valério de Souza. "Era para materiais para a campanha do presidente Lula e do vice-presidente, José Alencar, no segundo turno", disse Costa Neto durante a acareação, que terá a participação total de oito pessoas envolvidas no suposto esquema do mensalão."Fizemos um acordo com o PL", disse o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, também presente à acareação. "O PL tomou a iniciativa de fazer algumas despesas e depois apresentou a conta. Apresentou o buraco do PL e depois tivemos de cobrir."
Delúbio e Valério disseram, em outro momento, terem repassado R$ 12 milhões ao PL por meio de Costa Neto e por meio da empresa Guaranhuns.
O presidente do PL negou e disse ter recebido R$ 6 milhões e que outros R$ 2 milhões teriam sido repassados para o ex-ministro dos Transportes Anderson Adauto.
Os membros da CPI tentavam descobrir para aonde teria ido a diferença alegada de US$ 4 milhões. Também participam do início da sessão a diretora financeira da agência SMPB, Simone Vasconcelos. Deverão participar ainda da acareação o ex-tesoureiro do PL Jacinto Lamas, o ex-presidente da Casa da Moeda Manoel Severino dos Santos, o assessor do PP João Cláudio Genu e o primeiro-secretário do PTB e ex-tesoureiro informal do partido, Emerson Palmieri.
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