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Representantes do setor de laticínios apresentaram hoje ao ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, proposta de parceria com o Programa Fome Zero. “A indústria de laticínios, por produzir alimentos, pode ser uma forte parceira deste programa”, disse o presidente do Conselho Nacional da Indústria de Laticínios, Cícero de Alencar Hegg, ao deixar o gabinete do ministro.
Eles também pediram que o governo federal incentive a indústria de laticínios no país, que, segundo a proposta do conselho, gera cerca de quatro milhões de empregos, o que representa 15% da população rural brasileira.
“A atividade leiteira, além de ser a maior geradora de empregos permanentes no campo, é a única atividade rural que exige a presença do homem todos os dias do ano e, assim, é a que mais evita o êxodo rural”, diz a documento entregue ao ministro.
Segundo Hegg, as principais questões que bloqueiam o crescimento do setor leiteiro no país são os tributos incidentes sobre os produtos e a concorrência com o mercado externo, principalmente em relação aos subsídios estrangeiros, que permitem o barateamento do produto. “Os produtores brasileiros têm condição de produzir leite de excelente qualidade e a um preço baixo, mas não têm como competir com os subsídios estrangeiros.
Precisamos do apoio do governo federal”, reiterou Hegg.
Outras reivindicações do setor foram: realizar um programa permanente de combate à informalidade, à fraude e à sonegação fiscal dos produtos lácteos; criar linhas de crédito para acelerar a modernização das pequenas e médias empresas de laticínios; e desenvolver uma política de financiamento permanente para estocagem de leite em pó, leite longa vida e queijos, como forma de buscar a estabilidade e o crescimento da produção leiteira no país.
Cícero Hegg disse que o ministro da Agricultura mostrou-se empenhado em ajudar o setor e que apresentará todas as propostas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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