O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta terça-feira que não abriu mão da sua pré-candidatura durante almoço no Palácio dos Bandeirantes com o chamado "triunvirato", formado pelo presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador de Minas Gerais, Aécio Neves.
Alckmin disse ter reafirmado "claramente" a disposição de disputar a presidência. "Coloquei minha candidatura à disposição do partido e falei da minha intenção de trabalhar pelo Brasil e da minha disposição de construção do entendimento", disse Geraldo Alckmin.
Tasso, por sua vez, negou que a cúpula tenha pedido a desistência do governador de São Paulo e repetiu a aposta de um consenso para a escolha do candidato do partido que vai disputar as eleições presidenciais em outubro.
"Para mim, vai ser um fracasso pessoal muito grande não conseguir este entendimento e não estou pedindo a ninguém para desistir de nada", disse Tasso a jornalistas nesta terça-feira. O encontro entre o "triunvirato" serviu para discutir a candidatura do partido, que tem ainda a opção do prefeito de São Paulo, José Serra.
Por enquanto, Tasso afastou a necessidade de prévias. "Só no caso de que não haja entendimento é que ser poderá discutir critério para alguma disputa."
O presidente do partido também esticou o prazo para o anúncio do candidato. "A primeira quinzena de março é esse limite", disse. Há cinco dias, Tasso garantia que a definição sairia logo após o Carnaval, ou seja, na primeira semana de março.
Na semana passada, os três líderes tucanos, que concentram a decisão do partido, jantaram com Serra e o governador procurou minimizar a importância do encontro.
Pela manhã, Alckmin recebeu a adesão da bancada tucana na Assembléia Legislativa e ainda nesta noite reúne-se em Brasília com a bancada do PSDB na Câmara dos Deputados.
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