O líder do governo na Assembléia Legislativa de São Paulo, Edson Aparecido, disse nesta terça-feira que a bancada estadual paulista apóia em peso a indicação do governador Geraldo Alckmin para candidato do PSDB à Presidência da República.
Segundo ele, esse apoio é "estadual" porque os parlamentares teriam ouvido todos os prefeitos e vereadores de São Paulo.
"O Sidney Beraldo [presidente do PSDB de São Paulo] vai comunicar ao presidente [nacional do PSDB] Tasso [Jereissati] que São Paulo apóia o governador. A idéia é que o Beraldo faça essa comunicação ao Tasso e ao prefeito Serra", disse Aparecido após participar de café da manhã com Alckmin.
Aparecido afirmou que esta será a primeira vez que o presidente de um diretório manifestará sua vontade para o presidente nacional do partido.
O deputado estadual seguiu o discurso dos "excluídos" do PSDB e afirmou que a escolha do candidato tucano à eleição presidencial não pode ficar na mão de poucos. "A decisão não é deles. Não são os três que vão decidir isso", disse Aparecido se referindo ao triunvirato formado pelo presidente do partido, Tasso Jereissati, pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e pelo governador de Minas, Aécio Neves. "Os três serão escrutinadores privilegiados do partido."
Prévias
Aparecido, defendeu a realização de prévias para escolha do candidato do PSDB à Presidência da República. "Se lá na frente esse procedimento não for suficiente, o partido terá de discutir isso."
Apesar dessa ferramenta ser defendida por Alckmin, a cúpula tucana sinalizou várias vezes que descarta a realização de prévias. Após ser criticada pelo grupo dos "excluídos", os caciques tucanos voltaram atrás e já admitem essa possibilidade. FHC, por exemplo, cogitou essa hipótese ontem.
Aparecido negou que o apoio da bancada paulista a Alckmin seja uma afronta à cúpula tucana. "Há algum problema em o partido expressar majoritariamente a sua opinião?"
Como Alckmin, Aparecido disse que a base paulista tem pressa para decidir o nome do candidato do PSDB nas eleições. "O PSDB tem que mudar a agenda. Há um sentimento geral que o partido tem que caminhar para uma decisão", afirmou ele se referindo à indecisão do prefeito José Serra, que é o preferido da cúpula, mas ainda não declarou publicamente a intenção de disputar as eleições deste ano.
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