O presidente interino da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio Aguiar, afirmou nesta quarta-feira que o órgão regulador precisará de seis a sete meses para adaptar às necessidades do usuário de Internet a conversão de pulso para minuto na cobrança das ligações telefônicas, que seria implementada em julho.
Três conselheiros da Anatel, incluindo o presidente interino, o ministro das Comunicações, Hélio Costa, e a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, discutiram esta manhã a nova forma de cobrança e os impactos para o consumidor. Pouco depois, Costa anunciou o adiamento por um ano da conversão de pulsos para minutos.
Segundo Aguiar, a Anatel seguirá a orientação do governo. "A Anatel, desde que foi criada, obedece políticas públicas do governo. A Anatel é sensível a essas demandas", afirmou a jornalistas esta tarde.
Ele observou, no entanto, que o foco da discussão entre os representantes do governo foi o impacto para o usuário de Internet discada, que faz ligações mais demoradas.
"A Anatel sabia disso, mas a repercussão nos demais programas sociais no governo é que fez que o impacto fosse mais claro agora", admitiu o representante da Anatel.
Soluções para esse caso, que ainda estão em estudo, incluem a adoção de um código especial para as conexões discadas à Internet nas cidades onde não há provedor de acesso local, a antecipação do horário especial de cobrança reduzida para as 21h00 —hoje é das 24h00 às 6h00— e ainda a redução das tarifas.
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