Depois da divulgação de notícia de que teria recebido cerca de R$ 38 mil desde o início do ano, o caseiro Francenildo Santos Costa, afirmou nesta sexta-feira estar sendo perseguido pelas suas declarações que contradizem o ministro Antonio Palocci.Ele aproveitou para reafirmar o depoimento dado à CPI dos Bingos na quinta-feira. "Eu não volto atrás, tenho orgulho do meu serviço e estava ali trabalhando", disse o caseiro a jornalistas na noite de sexta-feira.
Em entrevista no início desta semana, Francenildo afirmou ter presenciado visitas do ministro da Fazenda a uma casa alugada em Brasília por seus ex-assessores Rogério Buratti e Vladimir Poleto. O caseiro trabalhava no local.
A CPI dos Bingos suspeita que a residência tenha sido usada para negociações clandestinas feitas pelos ex-assessores do ministro. Palocci afirma que nunca foi ao local.
Sobre a notícia, divulgada em site da revista Época, de que teria recebido cerca de R$ 38 mil desde o início do ano, Francenildo voltou a repetir a justificativa que deu à publicação.
O caseiro, que falou a jornalistas acompanhado de seu advogado, Wlicio Chaveiro, também disse que a reportagem foi uma tentativa de desmerecer suas afirmações, indicando que ele teria sido pago para incriminar o ministro.
Ele reafirmou que o dinheiro é oriundo de um depósito feito pelo empresário Eurípedes Soares da Silva, proprietário de uma empresa de transporte urbano em Teresina, no Piauí, que ele afirma ser seu pai.
O repasse teria sido fruto de um acordo entre Francenildo e Eurípedes, que serviria como uma indenização em função de o empresário negar-lhe a paternidade.
"Ele queria me dar um ônibus, mas eu não quis o ônibus. O que é que eu ia fazer com isso?", disse o caseiro. Ele afirmou ainda que, do montante acertado com o empresário ele teria recebido apenas R$ 24.990.
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