O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, negou nesta quinta-feira (5) que tenha havido tráfico de influência na operação de venda da Varig para o grupo que controlava a VarigLog, o fundo de investimentos Matlin Patterson. Segundo ele, o governo “acompanhou a questão” porque ela era candente.
A ex-diretora da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Denise Abreu, disse na quarta-feira (4) que a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pressionou para que a operação entre a Varig e a VarigLog fosse concretizada rapidamente, inclusive suprimindo documentos exigidos por lei.
“O governo evidentemente acompanhou porque essa questão das empresas aéreas é importante e candente e seria irresponsável nós simplesmente não tomarmos conhecimento disso. Mas, acho que a ministra Dilma deixou bem claro que o que foi colocado ontem na entrevista era falso”, comentou Bernardo.
Segundo ele, o advogado Roberto Teixeira que defendia os interesses da VarigLog à época não pode ser acusado de tráfico de influência junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva para se beneficiar no negócio. “Não podemos acusar quem simplesmente entra no Palácio de estar fazendo tráfico de influência. É evidente que não houve [tráfico de influência]”, disse. Teixeira é amigo pessoal e compadre de Lula.
