Segundo constatação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual, a direção nacional do PV incluiu notas fiscais de empresas fantasmas nas prestações de contas apresentadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) referentes a 2004 e 2005. Pelo levantamento, há a possibilidade de 639 empresas com endereços fictícios na cidade.
O levantamento mostra que as firmas deveriam funcionar em Campina do Monte Alegre, a 230 km de São Paulo, mas não existiam. O atual presidente do diretório do PV na cidade de São Paulo, Carlos Galeão Camacho, era procurador da Prefeitura de Campina do Monte Alegre na época, quando o esquema de empresas inexistentes foi organizado na cidade, em 1992.
Camacho é réu em 23 processos criminais em uma cidade vizinha a Campina do Monte Alegre, Angatuba. As acusações que constam nos processos são de crimes de peculato e falsidade ideológica, sob a suspeita de ter montado um esquema de criação fraudulenta de empresas.