A Polícia Federal (PF) adiou para a próxima semana o depoimento do coronel da reserva da Polícia Militar Wilson de Barros Consani Junior, que estava previsto para a tarde de ontem (25). Consani Junior é investigado na Operação Santa Tereza por suspeita de prestação de serviços à casa de prostituição W.E., que, segundo a Polícia Federal, pode ter sido usada para lavagem do dinheiro obtido em financiamentos no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O coronel é também suspeito de ter intermediado negociações com o presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Antonio Carlos Rodrigues, para manter a W.E. em funcionamento.
Segundo o advogado do coronel, Fábio Cavalheiro, a defesa solicitou o adiamento do depoimento na Polícia Federal porque não teve acesso aos autos um calhamaço de 47 volumes de inquérito com materiais colhidos pela PF durante a Operação Santa Tereza e que só foi enviada à Justiça Federal na semana passada. A Polícia Federal não comenta nada sobre o caso, já que o processo corre sob sigilo.
Consani Junior deve depor quarta-feira (02) na Polícia Federal, um dia depois de ser ouvido na Justiça Federal em São Paulo.