A Intel lançou ontem a nova geração de seu chip Centrino, na expectativa de que a tecnologia gere uma nova fonte de receita em meio à ampla campanha da empresa para se posicionar no mercado de tecnologias móveis. O lançamento do Centrino 2, anteriormente conhecido pelo codinome Montevina, surgiu depois de alguns meses de atraso e foi decididamente mais discreto que o do primeiro Centrino, em 2003.
O chipset de nova geração combina capacidade WiFi, padrão de rede sem fio à curta distância, a uma nova tecnologia que também dispensa cabos e é conhecida como WiMax. Esse padrão permite transmissão de dados em alta velocidade a distâncias muito maiores que o WiFi e pode ser usado para cobrir cidades inteiras.
Bryan Ma, analista da empresa de pesquisa IDC, disse que os novos chips representam um avanço mais gradual para o setor, comparados ao primeiro Centrino, que marcou a chegada da Intel ao mercado da comunicação sem fio.
"Minha grande questão é tentar determinar se isso é evolutivo ou revolucionário, e suspeito que a primeira resposta é mais válida", disse Ma. "Mas, ainda que seja apenas evolutivo, continua a ser um bom combustível para estimular o setor."
Os chips são destinados principalmente a notebooks, à medida que o setor de computadores pessoais avança em direção a aparelhos mais móveis, com tecnologias mais leves e o desenvolvimento de novas redes sem fio.
Taiwan está construindo suas redes sem fio WiMax e é também o principal fabricante terceirizado de computadores, abrigando líderes do setor como a Quanta e a Compal Electronics, que fabricam para a Hewlett-Packard, Dell e Sony, entre outros.
"Os notebooks serão o principal propulsor do setor no futuro, e as vendas de notebooks já superam as de computadores de mesa em muitos países", disse Stanley Huang, diretor de vendas e serviços de tecnologia avançada da Intel na região Ásia-Pacífico, durante o evento de lançamento em Taipé.