Respeito à democracia

 

Opinião - 15/08/2008 - 09:19:27

 

Respeito à democracia

 

Vicente Barone .

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Em época eleitoral é sempre a mesma coisa.

 

Aparecem políticos, candidatos a prefeito e vereadores, que prometem mundos e fundos para ganharem o voto do pobre eleitor.

 

O mesmo “filme” se repete a cada dois anos. Não seria diferente agora em 2008.

 

O @HORA e outros veículos jornalísticos do Grupo @HORA, respeitam a inteligência do eleitor e sempre buscam levar informações corretas e completas, cabendo a ele (eleitor) decidir o melhor caminho para o município.

 

O @HORA está sofrendo uma campanha torpe promovida por uma trupe que pretende chegar ao Paço Municipal de São Bernardo a qualquer custo e, para isso,se valem de quaisquer mentiras.

 

Como disse, com muita propriedade, Darcy Arruda Miranda: “O exercício de uma função pública, realmente, impõe ao indivíduo que nela se investe, a obrigação moral de um proceder correto, inatacável, por isso nas suas mãos se colocam interesses de alta monta para a vida das coletividades”. Nesse momento, Darcy Arruda quer dizer que as atitudes de um “ser público” devem ser claras, verdadeiras e corretas. Um “ser público” não deve iludir a população com falsas promessas, ou ainda, tentar transparecer algo que não é real ou verdadeiro.

 

E Darcy Arruda continua dizendo que: “Eis porque, todo o cidadão que aceita um cargo público ou se investe numa função pública, transitória que seja, deverá colocar-se em situação alta para receber as críticas que se lhe façam. O indivíduo que exerce uma função pública e não sabe compreender o sentido de uma crítica construtiva, embora feita em tom veemente, ou de uma censura, ainda que violenta, mas justificada, não está em condições de exercer essa mesma função...”

 

Às vezes, do alto de pedestais, candidatos acham que são inatingíveis e onipotentes. Acham que com seu poderio podem atacar livremente quem quer que seja sem ter resultados contrários, pois possuem ou estão investidos do poder.

 

Na maioria das vezes é a falta de experiência política e a imaturidade que demandam tais atitudes.

 

Falta para alguns saber quando ouvir e quando falar. Para outros, falta aprender que “mentiras tem perna curta” (dito popular de grande profundidade) que acabam por vir à tona.

 

O eleitor não é mais aquele que acreditava em sorrisos falsos e tapinhas nas costas. Hoje o eleitor está calejado. Esse talvez seja um dos motivos pelo qual o índice de indecisos em todas as pesquisas realizadas até o momento esteja tal alto. O eleitor quer saber mais sobre os candidatos, sobre o que fizeram pela cidade e quais suas reais propostas, as viáveis obviamente, pois a grande maioria são, na verdade, promessas vazias de campanha.

 

Não se pode admitir, entretanto, que a imprensa seja obrigada a se calar e não levar ao leitor aquilo que ele precisa saber. Não se pode retornar à ditadura que censurava a fala dos editores em troca de publicação de receitas culinárias.

 

Lutamos pela liberdade de expressão e não será algum candidato despreparado para a vida pública que irá desmoronar aquilo que levamos anos para conquistar e que custou tantas vidas de amigos que vi tombar em defesa dessa liberdade.

 

Não serão candidatos que se utilizam das eleições como escadas para galgar graus maiores de poder que irão, de maneira ditatorial, inibir o avanço da real democracia, da verdade, do significado pleno da palavra de origem grega, demo=povo e kracia=governo, ou seja,  governado pelo povo.

 

Sabiamente, finaliza Darcy Arruda: “ Quem não estiver forrado do espírito público não aceite cargo de responsabilidade estatal”. (Textos extraídos de “Comentário à Lei de Imprensa - Darcy Arruda Miranda - Tomo 1, 2a. edição, RT, p269)

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