|
No primeiro trimestre do governo Luiz Inácio Lula da Silva, o combate ao trabalho escravo no país representou cerca de 60% do total realizado no ano passado. Até hoje, foram libertados 953 pessoas do trabalho escravo, dos quais 857 já receberam R$ 1.297.308,56 em indenizações. “Foi uma vitória do novo Plano de Erradicação do Trabalho Escravo, e uma demonstração de empenho dos fiscais que estão em campo trabalhando”, comemorou o ministro do Trabalho e Emprego, Jaques Wag-ner. O valor das indenizações ainda não incluiu o que será pago aos 106 trabalhadores libertados no dia 4, na fazenda Lagoa Azul, próxima ao município de Xinguara-sul do Pará. A operação resultou na detenção de nove dos 14 aliciadores que estavam com prisão preventiva decretada. A operação na fazenda Lagoa Azul foi a primeira depois do lançamento do Plano Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo, em 11 de março. Entre os nove aliciadores presos na cadeia de Marabá, estão os proprietários da fazenda Lagoa Azul, o dono da pensão, os “gatos” e atravessadores, todos envolvidos no aliciamento e manutenção de trabalhadores em situação análoga a escravidão em fazendas no Sul do Pará.
O pedido de prisão preventiva partiu da ação realizada pelo Grupo Móvel de Fiscalização do Ministério do Trabalho. Com essa operação, o número de trabalhadores escravos libertados poderá ultrapassar a mil, ainda neste primeiro trimestre.
“É um recado claro de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não conviverá mais com os exploradores do trabalho escravo”, disse o ministro. “Essa é a guerra que nós queremos vencer. Mostra que o governo Lula não dará trégua aos exploradores do trabalho escravo”, afirmou a secretária de Inspeção do Trabalho, Ruth Beatriz Vilela.
A investigação e os depoimentos tomados pelo Grupo Móvel apontam para a existência de uma quadrilha que age na região do sul Pará, com o objetivo de aliciar mão-de-obra escrava, o que levou o Ministério Público Federal a requerer autorização judicial para realizar busca e apreensão domiciliar dos acusados. O Grupo Móvel de Fisca-lização permanece no local dando continuidade ao processo de libertação dos trabalhadores e de pagamento da indenização dos débitos trabalhistas.
|
