As forças da coalizão anglo-americana estenderam sua presença em áreas do norte do Iraque, assumindo o controle das cidades petrolíferas de Kirkuk e Mosul, a terceira maior do país.
Forças Especiais dos Estados Unidos e guerrilheiros curdos entraram em Kirkuk na quinta-feira, causando alarme na Turquia.
O porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, informou que o governo de Washington garantiu à Turquia que Kirkuk ficaria "sob controle norte-americano".
Ancara teme que a expansão dos curdos no norte do Iraque facilite o movimento pela criação do Curdistão, que, eventualmente, abrangeria também o sul da Turquia.
Nesta sexta-feira, Kirkuk começou a receber o reforço de militares dos Estados Unidos – uma tentativa de Washington de tranqüilizar o governo turco.
A exemplo do que aconteceu em Bagdá após a captura da cidade por tropas norte-americanas, civis apressaram-se em destruir estátuas e outros símbolos de Saddam Hussein e saquear prédios públicos.
Em Mosul, o chefe do Exército iraquiano regional e representantes das Forças Especiais dos Estados Unidos assinaram uma carta informal de rendição, revelaram, no Kuwait, comandantes militares da coalizão nesta sexta-feira.
A falta de liderança na cidade é visível. A correspondente da CNN Jane Arraf contou que multidões estavam saqueando praticamente todos os prédios do governo.
Enquanto alguns moradores indagavam quem estava administrando a cidade, centenas de pessoas transitavam pelas ruas carregando móveis e outros bens retirados de dentro dos edifícios.
Também no norte do país, o correspondente da CNN Brent Sadler relatou que milhares de agora ex-soldados iraquianos caminhavam pela principal estrada ao sul de Kifri, dirigindo-se para Bagdá após terem se rendido a forças curdas ou abandonado seus postos.
Muitos dos desertores eram xiitas a caminho de suas casas no sul do Iraque.
A rendição em massa não significa, entretanto, que os norte-americanos e seus aliados tenham o domínio no norte do país do Golfo Pérsico. Forças da coalizão bombardearam alvos em Tikrit, a cidade natal de Saddam Hussein e que, segundo os Estados Unidos acreditam, está nas mãos de milícias e tropas leais ao presidente iraquiano.
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