Delegado Protógenes: divulgação de dados sigilosos por revista é crime

 

Politica - 09/03/2009 - 13:24:48

 

Delegado Protógenes: divulgação de dados sigilosos por revista é crime

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O delegado federal Protógenes Queiroz afirmou em seu blog que foi "criminosa" a divulgação de documentos sigilosos pela revista Veja, que, em sua última edição, o aponta como responsável por uma rede de espionagem que teria como alvos autoridades do Executivo, Legislativo e Judiciário, além da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, e pessoas do círculo pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como seu filho, Fábio Luiz da Silva.

O delegado cita especificamente um documento relacionado à investigação presidida pelo Delegado de Polícia Federal Amaro Vieira Ferreira que, "além de levar ao conhecimento público do documento, revela a identidade nominal de dois oficiais de inteligência da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), o que é gravissímo, não merece ser desprezado tal fato, pois a banalização fragilizam as Instituições no tocante a segurança externa do Brasil."

O delegado reproduz o trecho da reportagem que afirma que os documentos que constam no inquérito somam "63 fotografias, 932 arquivos de áudio, 26 arquivos de vídeo e 439 documentos em texto", que teriam sido apreendidos "em novembro do ano passado pela Polícia Federal e estavam armazenados em um computador portátil e em um pen drive guardado no apartamento do delegado no Rio de Janeiro."

Protógenes nega que tais documentos tenham sido apreendidos em sua casa. Segundo ele, nada que contivesse dados dados da Operação Satiagraha foi recolhido pela Polícia Federal naquele dia.

Ele cita também outra busca feita pela polícia, desta vez em Brasília, em que foram apreendidos, segundo ele, "poucos documentos e materiais referentes à atividade de inteligência vinculados à operação Satiagraha" e que estes, "ali estavam em razão de prestar esclarecimentos" às autoridades vinculadas ao caso, como o Ministério Público, por exemplo.

Protógenes critica a revista e afirma que, apesar de ser investigado no inquérito mencionado pela revista, nunca foi ouvido pela Polícia Federal para "dirimir qualquer dúvida a respeito" dos materiais apreendidos.

Protógenes nega ainda que os documentos apreendidos - "cobertos pelo sigilo coletados com autorização judicial e de conhecimento do Ministério Público Federal" - tenham apontado a participação de Dilma Rousseff, do ex-ministro José Dirceu, do chefe de gabinete da Presidência da República, Gilberto Carvalho, do Senador Heráclito Fortes, do senador ACM Jr., ou do ministro Roberto Mangabeira Unger na investigação da Satiagraha.

Links

...Continue Lendo...

...Continue Lendo...

Vídeo