O ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, admitiu que são "pontuais" os repasses de verbas públicas, considerados irregulares, aos movimentos sociais - como os que teriam sido feitos pela Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca) ao Movimento dos trabalhadores Sem-Terra (MST). A afirmação foi feita após uma audiência com o procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza.
Para o ministro, a grande maioria dos convênios (73%) é celebrada com municípios. "Temos auditorias permanentes e controlamos nossos convênios, e é minha obrigação vir conversar com o procurador-geral, saber se existe algum ponto que não esteja claro, se há alguma polêmica", disse.
Cassel também anunciou um encontro com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, que criticou o Executivo por usar dinheiro público "para subsidiar movimentos que agem contra o Estado de direito".