O acordo proposto pela Chrysler com a Fiat é avaliado em até US$ 10 bilhões pela montadora americana e pode preservar até 5 mil empregos de produção nos Estados Unidos, informou o presidente-executivo, Bob Nardelli, nesta segunda-feira.
"Estimamos que o valor em dinheiro da contribuição da Fiat será entre US$ 8 bilhões e US$ 10 bilhões considerando o custo de desenvolvimento desteS veículos, plataformas e motores do zero", disse Nardelli em e-mail enviado a funcionários da Chrysler.
O valor do acordo proposto pode surgir de sinergias em áreas de compras, engenharia e tecnologia, disse Nardelli. A terceira maior montadora de veículos dos EUA tem um acordo não vinculante com a Fiat, que concordou em assumir uma participação de 35% na Chrysler em troca de acesso a tecnologia e mercados internacionais.
"A produção de veículos para a Fiat na América do Norte vai permitir à Chrysler aumentar a utilização de suas fábricas, ajudando a preservar 5 mil empregos em manufatura", informou Nardelli. "As contribuições no geral da Fiat e as sinergias que realizaremos vão superar em muito o valor dos empréstimos do governo."
A Chrysler e a rival General Motors pediram quase US$ 22 bilhões em empréstimos adicionais ao governo para lidarem com a profunda crise na demanda por veículos no país.
A Chrysler, que já recebeu US$ 4 bilhões em empréstimos emergenciais do governo dos EUA, é uma empresa "absolutamente" viável, disse Nardelli.
A montadora teve uma série de "discussões muito construtivas" com o Tesouro americano e com a força-tarefa presidencial sobre o pedido de US$ 5 bilhões em ajuda adicional, informou o executivo na mensagem.