O ex-presidente Jair Bolsonaro escolheu seu filho, o senador Flávio Bolsonaro, como o candidato oficial do Partido Liberal (PL) para disputar a presidência da República nas eleições de 2026. A indicação foi confirmada publicamente pelo próprio Flávio Bolsonaro e endossada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, consolidando o nome como representante do partido no pleito. Flávio reafirmou seu compromisso de dar continuidade ao projeto político iniciado por Jair Bolsonaro em 2018.
A decisão ocorre em um contexto de inelegibilidade de Jair Bolsonaro até 2030, decorrente de condenações judiciais. Assim, a escolha do senador representa uma estratégia de manutenção da influência da família Bolsonaro no cenário político nacional, apesar de controvérsias internas e externas.
Pesquisas recentes indicam que Flávio Bolsonaro possui entre 19,7% e 23,1% das intenções de voto no primeiro turno, enquanto o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva mantém liderança com índices entre 36,3% e 47,3%. Esses dados refletem as dificuldades do PL em ampliar o apoio popular diante da resistência do centrão e de setores políticos que questionam a viabilidade eleitoral da candidatura de Flávio.
O centrão, composto por partidos como PP, Republicanos e União Brasil, expressa ceticismo sobre a candidatura, preocupado com a possibilidade de fragmentação da base conservadora e enfraquecimento da oposição. Nos bastidores, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, é apontado como uma alternativa em meio às negociações políticas internas.
No mercado financeiro, a indicação de Flávio gerou reação negativa de imediato. O Ibovespa registrou queda de 4,31%, a maior desde fevereiro de 2021, e o dólar comercial avançou para R$ 5,43, alta superior a 2%. Especialistas atribuem essa reação ao temor de instabilidade política e possível enfraquecimento da oposição de centro-direita.
Como resposta às resistências, Flávio Bolsonaro tem intensificado o diálogo com lideranças partidárias, buscando ampliar sua base de apoio e construir uma frente capaz de enfrentar a disputa presidencial. A eleição de 2026, com esse cenário de divisões e reações econômicas, aponta para uma disputa acirrada e polarizada no país.
(*) Com informações das fontes: CNN Brasil, G1, Gazeta do Povo, Poder360, Veja, BBC News Brasil, Jovem Pan, InfoMoney.