Dirceu afirma que qualquer solução à prefeitura de São Paulo passa por Marta

 

Politica - 11/10/2011 - 08:09:44

 

Dirceu afirma que qualquer solução à prefeitura de São Paulo passa por Marta

Fotos: Edson Lopes - Terra

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Durante o lançamento do seu livro Tempos de Planície em São Paulo, Dirceu afirmou que Marta Suplicy é fundamental para eleição de 2012 na capital

Durante o lançamento do seu livro Tempos de Planície em São Paulo, Dirceu afirmou que Marta Suplicy é fundamental para eleição de 2012 na capital

O ex-ministro e ex-deputado José Dirceu, cassado após o escandalo do mensalão, disse na segunda-feira, 10, em São Paulo, durante o lançamento do seu livro Tempos de Planície, que qualquer solução para a definição do nome do candidato do PT para concorrer à prefeitura da capital em 2012 "passa por Marta Suplicy". Segundo ele, mesmo que não haja prévias entre ela e o ministro da Educação, Fernando Haddad, é preciso um acordo.

"Com o Haddad ou a Marta, avalio que nós estamos bem. Eu trabalho com acordo, não há vitória sem a Marta Suplicy, temos de ter essa consciência. Qualquer solução passa por ela e o partido sabe disso em São Paulo. É só ir na periferia e ver a popularidade, a força dela e o reconhecimento ao seu governo", afirmou.

Dirceu acredita ainda que o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles, recém-filiado ao PSD, não tem chances na disputa. "São Paulo é um nicho ocupado por PT, PSDB e pelo Kassab, que têm força, e pelo PMDB, que tem um pré-candidato competitivo (Gabriel Chalita)", disse.

O lançamento do livro ocorreu na Livraria Cultura, no Conjunto Nacional, e contou com a presença do baixo clero do PT. O livro traz 73 artigos publicados de 2006 a 2010 nos principais veículos de comunicação do País, com as atividades e reflexões de Dirceu após o escândalo do mensalão.

O mensalão do PT
Em 2007, o STF aceitou denúncia contra os 40 suspeitos de envolvimento no suposto esquema denunciado em 2005 pelo então deputado federal Roberto Jefferson (PTB) e que ficou conhecido como mensalão. Segundo ele, parlamentares da base aliada recebiam pagamentos periódicos para votar de acordo com os interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva. Após o escândalo, o deputado federal José Dirceu deixou o cargo de chefe da Casa Civil e retornou à Câmara. Acabou sendo cassado pelos colegas e perdeu o direito de concorrer a cargos públicos até 2015.

No relatório da denúncia, o ministro Joaquim Barbosa apontou como operadores do núcleo central do esquema José Dirceu, o ex-deputado e ex-presidente do PT José Genoino, o ex-tesoureiro do partido Delúbio Soares, e o ex- secretário-geral Silvio Pereira. Todos foram denunciados por formação de quadrilha. Dirceu, Genoino e Delúbio respondem ainda por corrupção ativa.

Em 2008, Sílvio Pereira assinou acordo com a Procuradoria-Geral da República para não ser mais processado no inquérito sobre o caso. Com isso, ele teria que fazer 750 horas de serviço comunitário em até três anos e deixou de ser um dos 40 réus. José Janene, ex-deputado do PP, morreu em 2010 e também deixou de figurar na denúncia.

O relator apontou também que o núcleo publicitário-financeiro do suposto esquema era composto pelo empresário Marcos Valério e seus sócios (Ramon Cardoso, Cristiano Paz e Rogério Tolentino), além das funcionárias da agência SMP&B Simone Vasconcelos e Geiza Dias. Eles respondem por pelo menos três crimes: formação de quadrilha, corrupção ativa e lavagem de dinheiro.

A então presidente do Banco Rural Kátia Rabello e os diretores José Roberto Salgado, Vinícius Samarane e Ayanna Tenório foram denunciados por formação de quadrilha, gestão fraudulenta e lavagem de dinheiro. O publicitário Duda Mendonça e sua sócia, Zilmar Fernandes, respondem a ações penais por lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O ex-ministro da Secretaria de Comunicação (Secom) Luiz Gushiken é processado por peculato. O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato foi denunciado por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha (PT-SP) responde a processo por peculato, corrupção passiva e lavagem de dinheiro. A denúncia inclui ainda parlamentares do PP, PR (ex-PL), PTB e PMDB. Entre eles o próprio delator, Roberto Jefferson.

Em julho de 2011, a Procuradoria-Geral da República, nas alegações finais do processo, pediu que o STF condenasse 36 dos 38 réus restantes. Ficaram de fora o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e do irmão do ex-tesoureiro do Partido Liberal (PL) Jacinto Lamas, Antônio Lamas, ambos por falta de provas.

Durante o lançamento do seu livro Tempos de Planície em São Paulo, Dirceu afirmou que Marta Suplicy é fundamental para eleição de 2012 na capital

Durante o lançamento do seu livro Tempos de Planície em São Paulo, Dirceu afirmou que Marta Suplicy é fundamental para eleição de 2012 na capital

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