O jornalista e publicitário Célio Franco de Godoy Júnior, 55 anos, morreu na tarde de quinta-feira (22) no Hospital São Paulo. Ele foi diretor de marketing e publicidade do Diário de Guarulhos e ocupou vários cargos na imprensa paulista.
Foi repórter, colaborador e editor de publicações como “Diário do Grande ABC”, revista “Playboy” e “O Estado de S. Paulo”.
Havia dois anos, era assessor da diretoria da Giap, empresa de tecnologia com sede em São Paulo. Tinha sua própria empresa editorial, em sociedade com sua mulher Ana, também jornalista.
Também deu aulas em cursos de jornalismo em faculdades como a da Universidade Metodista de São Bernardo, onde se formou no final dos anos 80.
Foi um dos melhores profissionais da imprensa regional paulista das últimas décadas. No “Diário do Grande ABC”, foi editor-assistente, editor, repórter especial, colunista e editor-chefe, entre o final dos anos 80 e 90.
Participou do programa de renovação editorial que fez do jornal do ABC um modelo de inovação e profissionalismo em imprensa regional, ao lado de profissionais como Antonio Prada, Cuca Fromer, Reinaldo Azevedo, Josiane Lopes, Margarida Chiarastelli, Rosane Pavam e Danilo Angrimani.
Depois, já com sua própria editora, criou a revista “Circuito ABC”, embrião da revista Circuito Guarulhos, do Diário de Guarulhos.
Célio Franco de Godoy Júnior era dono de um temperamento polêmico e, por vezes, anárquico, provocativo e iconoclasta.
Como jornalista, ganhou inimigos à esquerda e à direita. Como publicitário e homem de marketing, tinha um temperamento conciliador e sempre propenso à negociação.
Mas passou a maior parte da vida convivendo com crises de euforia e depressão. No auge de uma delas, deu um tiro na cabeça, em sua própria casa, no Jabaquara, zona sul de São Paulo, no início da tarde de quinta-feira (23).
Chegou a ser levado pela mulher ao Hospital São Paulo ainda com vida, mas em estado crítico. Morreu por volta de 14h30, de parada cardiorrespiratória.
Deixa três filhos. O corpo será cremado nesta sexta-feira, no Cemitério de Vila Alpina, em São Paulo.
Parte de uma carta de despedida, deixada por Célio Franco para a sua esposa e filhos:
“Fui viajar, uma viagem curta ou longa, entre o fim desta vida terrena e o seu reinício em outra forma e dimensão. Deixo um forte abraço para meus irmãos e meus cunhados e também um grande beijo nos meus sobrinhos. Um grande abraço também a todos aqueles que foram meus amigos. Fiquem todos certos de que minha energia sempre os acompanhará.”
Com informações do Diário de Guarulhos