Mario Monti renuncia como primeiro-ministro da Itália

 

Internacional - 21/12/2012 - 18:16:09

 

Mario Monti renuncia como primeiro-ministro da Itália

 

Da Redação com EFE

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Conforme já havia anunciado, Monti renunciou minutos após a Câmara dos Deputados aprovar o orçamento do ano que vem

Conforme já havia anunciado, Monti renunciou minutos após a Câmara dos Deputados aprovar o orçamento do ano que vem

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, apresentou nesta sexta-feira sua renúncia como chefe do Governo ao presidente da República, Giorgio Napolitano, após 13 meses à frente de um Executivo tecnocrata investido para reconduzir as finanças e a economia do país.

Segundo informou a Presidência da República, Monti formalizou hoje sua saída, que já havia anunciado no último dia 8 de dezembro a Napolitano depois que o partido de seu antecessor, Silvio Berlusconi, desse por concluída a experiência do Governo tecnocrata que chegou ao poder em novembro de 2011.

"O presidente da República, Giorgio Napolitano, recebeu o presidente do Conselho de Ministros, senador Mario Monti, que, após ter finalizado o trâmite parlamentar dos orçamentos do Estado, apresentou a renúncia do Governo que preside, já anunciada como irrevogável", afirma uma nota da presidência.

"O presidente da República tomou nota da renúncia e convidou o Governo a permanecer interino para tratar os assuntos correntes. O chefe do Estado consultará os presidentes dos grupos parlamentares amanhã", conclui a nota.

Monti, 69 anos, cumpriu os prazos que havia determinado após anunciar a Napolitano sua intenção de renunciar, pois formalizou sua saída uma vez que o Parlamento deu hoje mesmo o sinal verde ao orçamento geral do Estado para 2013, na terceira leitura parlamentar, realizada na Câmara dos Deputados.

O ex-primeir-ministro participou nesta sexta-feira de seu último ato público no cargo, a tradicional conferência de embaixadores em Roma, na qual defendeu o trabalho realizado por seu Governo nos últimos 13 meses e recebeu calorosos aplausos dos diplomatas. Segundo Monti, essa tarefa de Governo, desempenhada durante meses "difíceis, mas fascinantes", fez com que a Itália seja "mais confiável, além de mais competitiva e atrativa para os investidores estrangeiros" e também permitiu que a "situação da Europa e do euro tenha melhorado notavelmente".

Após a renúncia de Monti, Napolitano se reunirá amanhã com os grupos parlamentares para depois assinar previsivelmente o decreto para a dissolução do Parlamento. Depois disso, serão convocadas oficialmente as eleições, cuja data "ideal" é, de acordo com Napolitano, o dia 24 de fevereiro de 2013.

Ainda falta resolver uma das maiores incógnitas dos últimos meses na vida política italiana: se Monti, que neste tempo contou com o apoio incondicional das autoridades comunitárias e da chanceler alemã, Angela Merkel, concorrerá ou não a essas eleições gerais, algo que pode anunciar já neste domingo na tradicional coletiva de imprensa de fim de ano.

Alguns meios de comunicação italianos dão como certo que Monti será o candidato a primeiro-ministro das listas de vários movimentos de centro, entre eles o do presidente de Ferrari, Luca Cordero di Montezemolo, afastado do partido do ex-primeiro-ministro, Silvio Berlusconi.

Com esta renúncia, Monti põe fim a 13 meses de Governo tecnocrata, que começou em novembro de 2011 após ser convocado para substituir Berlusconi, que se viu obrigado a renunciar ao perder o apoio da maioria parlamentar em meio às turbulências dos mercados sobre a incerteza financeira da Itália.

Em todos estes meses, Monti contou com o apoio da maioria de grupos parlamentares, com exceção da oposição do partido progressista Itália dos Valores e da separatista Liga Norte. A tarefa do até agora primeiro-ministro tecnocrata se centrou em realizar reformas estruturais, com um plano de ajuste de mais de 30 bilhões de euros para recuperar a confiança dos mercados na Itália.

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