"> Marta decide duas vezes contra Colômbia, e Brasil conquista sua 9ª Copa América

 

Esporte - 02/08/2025 - 21:41:40

 

Marta decide duas vezes contra Colômbia, e Brasil conquista sua 9ª Copa América

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Fifa

 

Seleção femina de futebol chega a décima vitória da Copa América Feminina 2025

Seleção femina de futebol chega a décima vitória da Copa América Feminina 2025

Colômbia 4 (4) x (5) 4 Brasil – Final

CONMEBOL Copa América Feminina 2025

Data: 2 de agosto de 2025 Gols da Colômbia: Linda Caicedo (24' do 1ºT), Tarciane (contra aos 23' do 2ºT), Mayra Ramírez (42' do 2ºT) e Leicy Santos (9 do 2ºT da prorrogação) Gols do Brasil: Angelina (de pênalti aos 53' do 1ºT), Amanda Gutierres (34' do 2ºT) e Marta (50' do 2ºT e 14' do 1ºT da prorrogação)

Foram muitos gols e reviravoltas. Emocionante como a carreira de Marta, que reinou pela última vez na Copa América Feminina com dois gols e deu ao Brasil – país-sede da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027™ – a vitória nos pênaltis por 5 a 4 sobre a Colômbia na final continental após empate por 4 a 4 até o fim da prorrogação.

As colombianas sonhavam com uma revanche da decisão continental de 2022, na qual as brasileiras venceram por 1 a 0, mas a Rainha brasileira saiu campeã de novo! Foi o nono título de Copa América do Brasil e o quarto de Marta.

Seleção Brasileira Feminina

Em 2025, as duas equipes já tinham se encontrado na primeira fase desta Copa América com empate sem gols.

Enquanto o duelo anterior terminou 0 a 0, este reencontro na final teve uma chuva de gols: foram seis só no tempo regulamentar e dois na prorrogação. Um deles, aos 50 minutos da etapa final, foi um golaço de Marta que manteve a Seleção viva e levou a partida ao tempo extra – e, na prorrogação, foi dela também o quarto gol do Brasil, antes do empate de Leicy Santos que encaminhou a decisão para os pênaltis.

Nas penalidades, brilhou a estrela da goleira Lorena, que voltou ao time brasileiro após cumprir suspensão justamente por ter sido expulsa contra a Colômbia na primeira fase.

E teve mais: a brasileira Amanda Gutierres foi a artilheira do torneio com seis gols (empatada com a paraguaia Claudia Martínez), e Marta foi premiada como melhor jogadora da competição.

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Vale destacar que somente o Brasil já está classificado para o Mundial de 2027; a Colômbia e as outras seleções sul-americanas ainda lutarão pela vaga na Copa do Mundo através da nova Liga das Nações Feminina da CONMEBOL, a ser disputada entre 2025 e 2026 (clique aqui para ver o calendário deste novo torneio).

O jogo

Acertou quem imaginou que Brasil e Colômbia fariam novamente um jogo tenso e intenso. Depois do duelo combativo na primeira fase da Copa América, as duas equipes se reencontraram em uma final que tinha tudo para lançar ainda mais combustível na rivalidade que cresceu no futebol feminino nos últimos anos.

Se a tensão já era esperada, a surpresa foi o nível de emoção, com superioridade colombiana nos primeiros 45 minutos, esperança brasileira na etapa final e igualdade na prorrogação. Quem viu o confronto em Quito (Equador) presenciou uma partida de muitas reviravoltas: um início empolgante para as colombianas, mas com final feliz apenas para as brasileiras. Porém, voltaremos ao começo para descrever a virada do Brasil.

Aos 18 minutos, Tarciane se antecipou para impedir que a craque Linda Caicedo marcasse ainda mais cedo, mas a zagueira brasileira não sabia ainda que estava apenas adiando algo inevitável. A Colômbia esteve mais perto do gol desde o apito inicial até os 24, quando tocou a bola com bastante espaço na área de Lorena até chegar aos pés da talentosa Caicedo – que estava livre, na cara da goleira brasileira, e abriu o placar com um chute rasteiro.

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Cinco minutos depois do gol, com a Seleção aparentemente aturdida, Mayra Ramírez quase fez o segundo: disparou em velocidade no contra-ataque, driblou Lorena e só não finalizou porque se atrapalhou e perdeu ângulo.

A esperança do Brasil renasceu nos acréscimos do primeiro tempo, no pênalti cometido por Jorelyn Carabalí sobre Gio. Penalidade que a capitã brasileira Angelina converteu com categoria para empatar antes do intervalo.

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Parecia o cenário ideal para uma virada na segunda metade do jogo, ainda mais com a entrada da goleadora Amanda Gutierres – que saiu do banco e entrou antes mesmo do fim do primeiro tempo. Para alimentar ainda mais essa confiança reconquistada, a Seleção Brasileira dominou durante grande parte da etapa final.

Não havia construção ofensiva do lado colombiano que levasse grande perigo ao gol de Lorena... o problema foi que a Colômbia não precisou construir sozinha, já que um passe mal recuado por Tarciane aos 23 minutos acabou colocando a bola contra a própria rede.

Um baque que abalaria qualquer pessoa, com exceção de goleadoras frias como Amanda Gutierres: ela mostrou por que é a artilheira da Copa América Feminina 2025 e devolveu o empate ao placar aos 34, com um belo chute rasteiro que foi para o gol praticamente em câmera lenta – pelo menos, assim pareceu para a torcida brasileira.

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Mas Linda Caicedo decidiu adicionar uma assistência ao seu histórico dessa final. Aos 42, ela puxou o contragolpe colombiano, atraiu a marcação do Brasil com eficiência e deixou Mayra Ramírez livre para marcar o terceiro.

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O fim estava próximo, e tudo indicava que só uma reviravolta "fenomenal" reviveria a Seleção Brasileira na final.

Ou seja, faltava um fenômeno como Marta, que havia entrado minutos antes. Curiosamente, em 2024, Linda Caicedo disse essas palavras sobre a camisa 10 brasileira em entrevista à FIFA: “Marta é um fenômeno mundial. Ela fez o futebol feminino crescer de uma maneira impressionante. Tenho muito respeito e admiração por ela”.

Eis que, aos 50 minutos do segundo tempo, a bola caiu nos pés de Marta, a Rainha, que chutou de primeira e acertou um golaço. Cercada pelos abraços das companheiras, a camisa 10 explodiu em uma comemoração emocionada pelo gol decisivo na última Copa América que ela disputará na carreira, levando o jogo à prorrogação.

Foi dela, também, o gol que colocou o Brasil na frente do placar pela primeira vez nesta partida. Aos 14 minutos do primeiro tempo extra, Marta completou para a rede após cruzamento de Angelina.

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Porém, ainda restava toda a segunda metade da prorrogação, tempo suficiente para mais reviravoltas. A Colômbia colocou suas esperanças na falta cometida por Isa Haas sobre Linda Caicedo na entrada da área, e a fé nos pés de Leicy Santos foi recompensada: a camisa 10 colombiana fez uma belíssima batida e empatou de novo, 4 a 4.

Um gol que levou a definição do título para os pênaltis. Tapia brilhou ao defender a cobrança de Angelina, dando vantagem à Colômbia, mas Manuela Pavi errou o alvo de sua batida e chutou para fora; em seguida, Lorena defendeu o chute de Leicy Santos. Se Marta acertasse a penalidade seguinte, o Brasil seria campeão... mas a goleira colombiana defendeu a bola da camisa 10 brasileira, e Linda Caicedo converteu na sequência.

Mas ainda havia chance. Nas cobranças alternadas, melhor para o Brasil: Luany converteu, e Lorena defendeu o chute de Carabalí. A Seleção Brasileira é campeã da Copa América Feminina pela nona vez!

Copa América dá vaga na Copa do Mundo?

Não. Ao contrário do que ocorria antigamente, o desempenho na Copa América não teve impacto nas vagas para a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027™.

Em julho deste ano, a CONMEBOL anunciou a criação da Liga das Nações Feminina, um tipo de torneio de eliminatórias que ocorrerá entre 2025 e 2026 e classificará duas seleções de forma direta para a Copa do Mundo, além de colocar outras duas equipes na repescagem intercontinental

Seleção Brasileira Feminina

Para o Brasil, não há preocupação nesse sentido: o país já está classificado como sede da Copa do Mundo Feminina da FIFA 2027 e não precisará disputar a Liga das Nações Feminina.

Daqui a dois anos, torcedores de todo o planeta poderão ver os jogos da Copa do Mundo em Belo Horizonte (Mineirão), Brasília (Estádio Nacional), Fortaleza (Arena Castelão), Porto Alegre (Estádio Beira-Rio), Recife (Arena de Pernambuco), Rio de Janeiro (Estádio do Maracanã), Salvador (Arena Fonte Nova) e São Paulo (Arena Itaquera).

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Escalações

Colômbia

Katherine Tapia; Carolina Arias (c) (Wendy Bonilla), Daniela Arias, Jorelyn Carabalí, Daniela Caracas; Leicy Santos, Lorena Bedoya (Marcela Restrepo), Ilana Izquierdo (Manuela Pavi); Valerin Loboa (Catalina Usme), Mayra Ramírez (Liced Serna) e Linda Caicedo. Técnico: Angelo Marsiglia.

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Brasil

Lorena; Tarciane, Mariza, Fernanda Palermo (Isa Haas); Gabi Portilho (Luany), Angelina (c), Duda Sampaio (Vitória Yaya), Yasmim, Kerolin (Jhonson); Dudinha (Amanda Gutierres) e Gio Garbelini (Marta). Técnico: Arthur Elias.

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Caminho do Brasil até o título

1ª rodada (Grupo B)

  • Brasil 2 x 0 Venezuela (13/7)

2ª rodada (Grupo B)

  • Bolívia 0 x 6 Brasil (16/7)

3ª rodada (Grupo B)

  • Brasil não jogou nesta rodada

4ª rodada (Grupo B)

  • Paraguai 1 x 4 Brasil (22/7)

5ª rodada (Grupo B)

  • Brasil 0 x 0 Colômbia (25/7)

Semifinal

  • Brasil 5 x 1 Uruguai (29/7)

Final

  • Colômbia 4 (4) x (5) 4 Brasil (2/8)

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