"> Hamas entrega últimos reféns israelenses e Trump declara o fim da guerra em Gaza

 

Internacional - 13/10/2025 - 08:10:25

 

Hamas entrega últimos reféns israelenses e Trump declara o fim da guerra em Gaza

 

Da Redação .

Foto(s): Reprodução Redes Sociais

 

Após dois anos de conflito, o Hamas libertou 20 reféns israelenses vivos na Faixa de Gaza, resultado de um acordo mediado pelos Estados Unidos. O presidente Donald Trump afirmou que o cessar-fogo marca o “amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”.

Após dois anos de conflito, o Hamas libertou 20 reféns israelenses vivos na Faixa de Gaza, resultado de um acordo mediado pelos Estados Unidos. O presidente Donald Trump afirmou que o cessar-fogo marca o “amanhecer histórico de um novo Oriente Médio”.

O conflito entre Israel e Hamas, que se estendeu por dois anos, começou em 7 de outubro de 2023 com um ataque surpresa do Hamas sobre cidades israelenses, resultando na morte de mais de 1.200 civis e o sequestro de 251 pessoas. A operação múltipla dos militantes palestinos envolveu ações por terra, mar e ar, sendo considerada o ataque mais letal registrado em Israel. Em resposta imediata, Israel declarou guerra ao Hamas, prometendo “erradicar” o grupo da Faixa de Gaza.

Nos meses seguintes, Israel lançou sucessivas ofensivas terrestres e aéreas. O norte de Gaza sofreu evacuações em massa, deslocando mais de um milhão de palestinos. As operações militares israelenses atingiram infraestrutura civil, hospitais, escolas e áreas habitacionais, reduzindo grande parte da Faixa de Gaza a escombros. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, cerca de 67.869 palestinos morreram em consequência dos bombardeios e confrontos até outubro de 2025. Outros milhares ficaram feridos e a crise humanitária se ampliou, com falta de alimentos, água e energia. Nos dois anos de conflito, pequenas tréguas permitiram libertação parcial de reféns e entrega limitada de ajuda internacional via fronteiras com o Egito, Catar e Turquia.

Do lado israelense, as mortes somaram 1.665 durante o período de guerra, concentradas principalmente no ataque inicial do Hamas. Israel prendeu e transferiu mais de 1.700 palestinos para prisões em seu território, declarando que muitos deles estavam ligados a ações terroristas. No plano militar, Israel destruiu boa parte dos túneis e arsenais do Hamas, mas o grupo manteve capacidade de ataques esporádicos, inclusive disparos de foguetes e emboscadas a soldados israelenses em Khan Younis e Rafah.

Além das operações militares, ambos os lados buscaram apoio internacional. Israel reforçou laços com Estados Unidos e países europeus, enquanto o Hamas contou com o respaldo de Irã, Turquia e Catar. Protestos pró-Palestina e manifestações pelo fim da guerra tomaram grandes cidades em todo o mundo durante o período, com destaque para Europa e América do Norte. Acusações de crimes de guerra foram levantadas contra Israel e Hamas, inclusive por entidades da ONU.

A busca por solução política se intensificou nos últimos meses de 2025. O plano apresentado pelo Presidente Donald Trump previa cessar-fogo imediato, libertação de todos os reféns, desmilitarização gradativa de Gaza e a criação de um governo de transição sob supervisão internacional. Como resultado direto das negociações, o Hamas libertou os 20 últimos reféns israelenses vivos e Israel iniciou a soltura de aproximadamente dois mil prisioneiros palestinos, dentre eles condenados que cumpriam penas perpétuas.

Trump afirmou no Parlamento israelense: “Este é o amanhecer do novo Oriente Médio, onde todos teremos segurança, prosperidade e respeito mútuo.” O premiê israelense Benjamin Netanyahu saudou o acordo: “Um grande dia para Israel, para nossos reféns e para toda a nação.” Já o Hamas, em comunicado, agradeceu a mediação de Catar, Egito e Turquia e manteve que “os sacrifícios do povo palestino não serão esquecidos”.

Especialistas dividem opiniões sobre o equilíbrio do acordo. Para David Raanan, professor israelense, “sem a pressão americana e negociações duras, o conflito continuaria indefinidamente.”

Por outro lado, Amna Khaldi, analista palestina, alerta: “Os tratados atuais não resolvem questões básicas como reconstrução e autodeterminação; há o risco de nova escalada caso não haja mudanças profundas.”

Ao fim de dois anos de guerra, a entrega dos últimos reféns em Gaza e o plano de reconstrução marcam um ponto de inflexão, mas deixam desafios abertos para a segurança, o futuro político e os direitos da população local. Novas reuniões internacionais em Cairo devem debater mecanismos para estabilização, desenvolvimento e monitoramento permanente da região.

(*) Com informações das fontes: BBC News, G1, Jovem Pan, Euronews, Agência Brasil, DW, Bloomberg Línea, CNN Brasil.

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