O Copom registra cenário com inflação acima da meta de 3% com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima e para baixo. O IPCA acumula 4,46% nos últimos 12 meses até novembro de 2025. O índice mensal de novembro marca 0,18%, o menor para o período desde 2018.
Projeções do mercado financeiro apontam inflação de 4,40% para 2025 e 4,16% para 2026, ambas acima do centro da meta. O colegiado identifica expectativas de inflação desancoradas em horizontes relevantes. Atividade econômica apresenta resiliência acima do potencial estimado.
O comunicado menciona hiato do produto positivo, com economia operando além da capacidade sustentável. Setor de serviços registra pressões persistentes. Mercado de trabalho mantém taxa de desemprego em níveis baixos.
O Copom afirma necessidade de manutenção da Selic em 15% por período prolongado. O colegiado mantém vigilância para ajustes na trajetória futura dos juros. Retomada de altas permanece possível diante de riscos altistas.
Histórico recente inclui sete elevações consecutivas entre setembro de 2024 e junho de 2025, elevando a taxa de 10,50% para 15%. Pausa ocorre desde julho de 2025 com três manutenções anteriores em setembro, outubro e novembro. Efeitos plenos das decisões monetárias manifestam-se entre seis e 18 meses.
Mercado antecipa primeiro corte para 14,50% em março de 2026, com Selic projetada em 12,25% ao fim do ano. Inflação esperada para 2027 cai para 3,70%. Copom monitora choques globais em energia e alimentos além de trajetória fiscal doméstica.
Política monetária restritiva busca ancorar expectativas e assegurar convergência da inflação para 3% em 2026 e 2027. Comunicado enfatiza compromisso com meta de longo prazo estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
(*) Com informações das fontes: Banco Central do Brasil, G1 Globo, CNN Brasil, InfoMoney, Agência Brasil.