Nas últimas semanas de julho de 2025, o governo dos Estados Unidos anunciou a revogação dos vistos de entrada para três ministros do Supremo Tribunal Federal: Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Flávio Dino. A justificativa oficial seria a atuação supostamente abusiva contra opositores políticos e cidadãos com cidadania americana.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu com críticas firmes, alegando violação da soberania nacional e classificando a medida como uma interferência indevida nos assuntos internos do Brasil. A crise se agravou após Lula declarar que “nenhuma intimidação afetará a independência do Judiciário brasileiro”.
Especulações sobre passaportes de pessoas próximas a Lula
Com o endurecimento da retórica americana, surgiram rumores sobre a possibilidade de Washington ampliar as sanções a integrantes do núcleo próximo ao presidente, incluindo assessores ligados ao Palácio do Planalto e figuras do entorno da primeira-dama Janja Lula da Silva. Nenhum nome foi citado publicamente até o momento.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou em coletiva que o governo americano “considera medidas adicionais contra autoridades que promovem censura ou violam liberdades civis de cidadãos americanos e brasileiros”, embora sem detalhar alvos específicos. Isso acendeu o alerta entre setores do governo brasileiro.
Reações no Brasil
Lula acusou o deputado federal Eduardo Bolsonaro de incitar sanções externas ao país, após o parlamentar se reunir com membros do Partido Republicano em Washington. Segundo o presidente, trata-se de “atitude antinacional que fere os interesses do Brasil em nome de disputas eleitorais internas”.
No Congresso, parlamentares bolsonaristas elogiaram a decisão dos EUA e pediram ampliação das restrições, enquanto aliados do governo defenderam uma resposta diplomática firme, mas cautelosa.
Impactos e desdobramentos possíveis
A possível extensão de sanções a pessoas próximas a Lula representaria um agravamento sem precedentes da crise. Além das suspensões de visto, Washington elevou tarifas de importação de alguns produtos brasileiros e discute aplicar dispositivos da Lei Magnitsky, que prevê punições a agentes públicos estrangeiros acusados de violar direitos humanos.
Em resposta, o Brasil já reativou a exigência de visto para turistas norte-americanos, válida desde abril de 2025. Diplomatas brasileiros defendem manter canais abertos para evitar o colapso total do diálogo bilateral.
Conclusão
Até o momento, não há confirmação oficial sobre suspensão de passaportes de assessores próximos de Lula ou Janja. Contudo, a escalada retórica e o contexto político indicam que novos desdobramentos podem surgir rapidamente, dependendo da postura adotada por ambas as partes.
* Com informações das fontes:
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Correio Braziliense: Lula critica sanções dos EUA a ministros do STF
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CNN Brasil: Possíveis sanções do governo Trump devem incluir restrições a vistos de autoridades do Palácio do Planalto e sanções econômicas contra ministros do STF
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Revista Oeste: Governo Lula evita reagir às medidas dos EUA
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Agência Brasil: Lula condena ameaças dos EUA a Moraes
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Gazeta do Povo: Milei critica Brasil por não devolver passaporte de Bolsonaro
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CBN Globo: Espionagem e relação Brasil-EUA
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Infos Atual: Crise entre Brasil e EUA se agrava com medidas diplomáticas
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Folha de S.Paulo: Brasil volta a exigir visto de americanos