O dólar comercial encerrou esta quarta-feira, 31 de julho, cotado a R$ 5,601, com alta de 0,19%. A valorização da moeda americana ocorreu em meio ao fortalecimento global do dólar e à crescente aversão a risco nos mercados internacionais, especialmente após novas declarações sobre política monetária nos Estados Unidos e tensões tarifárias com o Brasil.
No mercado de ações, o Ibovespa fechou o pregão em 132.726 pontos, queda de 0,94%. O índice foi pressionado principalmente pelo desempenho negativo de ações ligadas a commodities e bancos, setores que costumam sofrer mais em dias de valorização cambial e aumento de incertezas macroeconômicas.
Ao longo do dia, o dólar operou em alta moderada, refletindo a expectativa de que o Federal Reserve manterá os juros elevados por mais tempo. A perspectiva de juros altos nos EUA costuma atrair capital estrangeiro para ativos americanos, o que reduz a entrada de dólares em países emergentes como o Brasil.
A situação interna também colaborou para o mau humor dos investidores. A indefinição em torno do equilíbrio fiscal brasileiro, somada ao cenário político mais turbulento nas últimas semanas, reforçou a cautela de investidores estrangeiros, que evitaram posições mais arriscadas na Bolsa brasileira.
Na ponta positiva, poucas ações conseguiram se descolar do movimento geral de queda. Empresas com foco no mercado interno e menor exposição ao dólar mostraram maior resiliência, mas não foram suficientes para sustentar o índice em território positivo.
Tabela — Indicadores do mercado no fechamento (31/07/2025, 17h)
Indicador |
Valor |
Variação (%) |
Dólar comercial (venda) |
R$ 5,601 |
+0,19% |
Dólar comercial (compra) |
R$ 5,600 |
+0,19% |
Ibovespa |
132.726 pontos |
–0,94% |
Ação que mais subiu |
BRF ON |
+2,21% |
Ação que mais caiu |
Vale ON |
–3,78% |
Volume financeiro negociado |
R$ 21,5 bilhões |
— |
O cenário segue instável para os próximos dias, com os mercados monitorando atentamente as sinalizações do Banco Central americano e os desdobramentos das medidas comerciais do governo Trump, que incluem possível tarifação sobre produtos brasileiros. A combinação de pressões externas e vulnerabilidades domésticas pode manter o real sob pressão e limitar uma recuperação mais consistente da Bolsa.
* Com informações das fontes: Banco Central do Brasil (cotação oficial e PTAX), B3 – Brasil Bolsa Balcão (fechamento do Ibovespa e volume negociado), Informações apuradas com dados da CMA, Broadcast e Valor Pro, Análises de mercado da XP Investimentos e Genial Research e Relatórios públicos da Bloomberg e Reuters (dados consolidados após 17h)