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O fechamento de mercado desta sexta-feira evidenciou um movimento de valorização do real frente ao dólar, com a taxa PTAX de compra, referência oficial do Banco Central, registrando R$ 5,4248. A queda de 0,70 % em relação ao dia anterior, quando estava em R$ 5,4632, ocorreu em um contexto de ajustes técnicos, fluxo cambial positivo e percepção de menor risco pontual no mercado doméstico.
A pressão sobre a divisa norte-americana foi reforçada pela entrada líquida de recursos externos, tanto em operações financeiras como em parte dos fluxos ligados ao comércio exterior. Analistas observaram que o ambiente internacional se manteve relativamente estável, com os Treasuries operando em margens estreitas e o índice DXY sem grandes oscilações, o que reduziu a força compradora do dólar frente a moedas emergentes.
Na bolsa brasileira, o Ibovespa encerrou o pregão em 135 913,25 pontos, com recuo de 0,45 %. O volume financeiro foi expressivo, atingindo R$ 25,37 bilhões. Apesar do desempenho negativo no dia, o índice acumulou alta na semana, apoiado principalmente pela recuperação observada nos três pregões anteriores.
O destaque negativo do dia foi a Petrobras, que recuou após a divulgação de resultados trimestrais e anúncio de política de dividendos abaixo da expectativa de parte dos investidores. Esse fator, aliado à correção técnica após alta recente, pesou fortemente sobre o índice, dada a representatividade da companhia na carteira teórica do Ibovespa.
Entre os ganhos, Braskem liderou as altas com valorização de 4,41 %, beneficiada por expectativas de melhora nos spreads petroquímicos e sinais de avanço nas negociações societárias. Na ponta oposta, Rumo figurou entre as maiores quedas, com retração de 9,50 %, influenciada por projeções mais cautelosas de crescimento operacional divulgadas no mercado.
Resumo do fechamento e 08/08/2025 (após as 16h)
| Indicador |
Valor |
| Dólar PTAX – taxa de compra (Banco Central) |
R$ 5,4248 |
| Variação do dólar (%) vs pregão anterior |
– 0,70 % |
| Fechamento do Ibovespa |
135 913,25 pontos |
| Variação do Ibovespa (%) |
– 0,45 % |
| Ação que mais subiu (Braskem) |
+ 4,41 % |
| Ação que mais caiu (Rumo) |
– 9,50 % |
| Volume financeiro negociado |
R$ 25,37 bilhões |
Análise aprofundada
A valorização do real no dia não foi apenas efeito de fluxos pontuais, mas também resultado de um posicionamento mais defensivo do mercado cambial, que ajustou apostas diante de expectativas de manutenção do ritmo atual de política monetária interna. Com a taxa Selic ainda elevada, o diferencial de juros em relação a economias desenvolvidas segue como um atrativo relevante para a entrada de capital estrangeiro em renda fixa.
No campo das ações, a leitura predominante foi de um movimento de realização, em que investidores aproveitaram para embolsar lucros após ganhos recentes. O recuo do Ibovespa reflete a soma de fatores específicos, como o impacto negativo de Petrobras, e gerais, como a acomodação de preços em setores cíclicos. Apesar da queda diária, a percepção é de que o índice mantém espaço para estabilidade no curto prazo, desde que não haja choques externos relevantes.
No cenário global, a ausência de dados econômicos de grande peso nos Estados Unidos reduziu a volatilidade intradiária. A movimentação no petróleo, com leve baixa no Brent, também influenciou indiretamente ativos ligados à Petrobras, reforçando o tom negativo. Por outro lado, papéis como Braskem mostraram que há espaço para valorizações pontuais diante de notícias específicas e expectativas setoriais.
A taxa PTAX de fechamento do Banco Central segue como um balizador importante para contratos de câmbio, liquidação de operações e escrituração contábil. O nível de R$ 5,4248 serve, portanto, como referência técnica até a próxima formação de taxa.
Quadro comparativo semanal e 4 a 8 de agosto de 2025
| Data |
Dólar PTAX compra (R$) |
Variação diária (%) |
Ibovespa (pts) |
Variação diária (%) |
| 04/08/2025 |
5,4875 |
+ 0,22 % |
133 142,87 |
– 0,31 % |
| 05/08/2025 |
5,4790 |
– 0,15 % |
133 984,12 |
+ 0,63 % |
| 06/08/2025 |
5,4715 |
– 0,14 % |
134 728,54 |
+ 0,56 % |
| 07/08/2025 |
5,4632 |
– 0,15 % |
136 530,48 |
+ 1,34 % |
| 08/08/2025 |
5,4248 |
– 0,70 % |
135 913,25 |
– 0,45 % |
Leitura da semana
O comportamento da semana foi marcado por uma trajetória descendente do dólar, com recuo acumulado de 1,14 % no período. O movimento foi favorecido por fluxo cambial positivo e um cenário internacional sem pressões relevantes sobre moedas emergentes.
O Ibovespa oscilou, mas fechou a semana com alta acumulada de 2,08 %, sustentada por ganhos nos três primeiros pregões e realização no último dia. A volatilidade intradiária foi moderada, refletindo menor sensibilidade a eventos externos e maior foco nos balanços corporativos divulgados no mercado doméstico.
Esse panorama reforça que o mercado encontrou espaço para ajustes técnicos e correções, sem alterar a tendência de curto prazo para os ativos brasileiros. O real, sustentado pelo diferencial de juros e entrada de capital, manteve desempenho acima de outras moedas emergentes na semana.
* Com informações das fontes: Banco Central do Brasil e PTAX fechamento (taxa de compra), Ipeadata e Série histórica do câmbio comercial, Reuters e Fechamento do Ibovespa, volume e destaques, UOL Economia e Análise de Petrobras, Braskem e Rumo e IstoÉ Dinheiro e Confirmação de volume e contexto de mercado
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