"> EUA revogam vistos de funcionários ligados ao Mais Médicos em nova escalada diplomática

 

Internacional - 13/08/2025 - 20:56:41

 

EUA revogam vistos de funcionários ligados ao Mais Médicos em nova escalada diplomática

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Gobierno de Guatemala

 

Marco Rubio, Secretario de Estado de Estados Unidos

Marco Rubio, Secretario de Estado de Estados Unidos

Em 13 de agosto de 2025, o governo dos Estados Unidos, por meio do secretário de Estado Marco Rubio, anunciou a revogação dos vistos de diversos funcionários do governo brasileiro ligados ao programa Mais Médicos, considerado pela diplomacia americana como parte de um esquema de exportação de trabalho forçado pelo regime cubano. Entre os nomes divulgados estão Mozart Julio Tabosa Sales, atual secretário de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, e Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde e ex-diretor de Relações Externas da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

O Departamento de Estado dos EUA acusou o programa Mais Médicos de ser um "golpe diplomático inconcebível" e uma "ferramenta para driblar sanções" impostas a Cuba, ao permitir que o regime cubano se beneficiasse financeiramente ao reter a maior parte dos salários pagos aos médicos enviados ao Brasil. A denúncia também responsabiliza a OPAS por atuar como intermediária da ditadura cubana no esquema de exportação e exploração de trabalho dos profissionais da saúde.

A decisão norte-americana marca uma escalada nas tensões entre os dois países, intensificando o embate político e ameaçando a cooperação bilateral em áreas estratégicas. As autoridades brasileiras envolvidas negam as acusações e defendem que o Mais Médicos é uma iniciativa essencial para garantir o atendimento básico de saúde à população brasileira, especialmente em áreas carentes.

Mozart Sales, que teve seu visto revogado, considerou a sanção injusta e ressaltou que o programa representa a essência do Sistema Único de Saúde (SUS), afirmando que oferece atendimento vital para milhões de brasileiros. O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também declarou que o programa sobreviverá a "ataques injustificáveis de qualquer um", reafirmando seu compromisso com a saúde pública e a soberania nacional.

Além dos brasileiros, a medida americana também impacta ex-funcionários da OPAS e membros de governos de Cuba, Granada e países africanos, todos acusados pelo Departamento de Estado dos EUA de participação em um esquema internacional de trabalho forçado. O secretário Rubio enfatizou a determinação americana em responsabilizar todos os países cúmplices desse tipo de prática exploratória.

O episódio volta a evidenciar os complexos entrelaçamentos entre políticas internas, relações internacionais e direitos humanos, além de ressaltar a importância do programa Mais Médicos no contexto da saúde pública brasileira, enquanto debate diplomático e político se intensifica internacionalmente em torno das controvérsias envolvendo Cuba e suas missões médicas.

* Com informações das fontes: UOL Notícias, Veja Abril, BBC Brasil, CNN Brasil, G1, Agência Brasil.

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