O dólar comercial encerrou a sessão desta sexta-feira, 1º de agosto de 2025, em queda de 1,04%, cotado a R$ 5,5456. O recuo foi influenciado por números abaixo do esperado do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que reacenderam as apostas de que o Federal Reserve poderá cortar juros antes do previsto.
Na Bolsa brasileira, o Ibovespa fechou em baixa de 0,46%, aos 132.377 pontos. O pregão foi marcado por instabilidade técnica, que afetou o funcionamento do sistema da B3 durante parte da manhã. A falha causou atrasos nas negociações e gerou desconfiança momentânea entre os investidores.
Apesar da pressão externa com as incertezas sobre tarifas e o ritmo da economia global, parte do mercado manteve uma postura cautelosa à espera dos próximos dados de inflação no Brasil e nos Estados Unidos. O movimento mais defensivo predominou na maior parte do dia.
Empresas ligadas a commodities, como Vale e Petrobras, sustentaram parte do índice. No entanto, ações de bancos e consumo recuaram, refletindo a expectativa de desaceleração no crédito e no varejo. O volume financeiro total ficou próximo da média, mesmo com o problema operacional.
Do lado cambial, o real teve um dia de valorização, acompanhando outras moedas emergentes. O enfraquecimento global do dólar foi impulsionado pela criação de apenas 73 mil vagas nos EUA em julho, abaixo das expectativas do mercado, o que aumentou as apostas em uma política monetária mais flexível por parte do banco central americano.
Fechamento – 1º de agosto de 2025
Indicador |
Valor |
Dólar comercial |
R$ 5,5456 (–1,04%) |
Ibovespa |
132.377 (–0,46%) |
Volume negociado |
R$ 18,2 bilhões (estimado) |
A próxima semana promete mais volatilidade, com destaque para os números do IPCA no Brasil e a continuidade das negociações comerciais entre os EUA e países do BRICS. Investidores seguirão atentos ao cenário político e fiscal interno, especialmente às discussões sobre a meta de déficit primário e eventuais novas medidas de arrecadação.
* Com informações das fontes: Banco Central do Brasil, B3, Reuters, Valor Econômico, Agência Brasil, Broadcast e Investing.com.